Avaliação da qualidade de vida de crianças e seus familiares atendidos na clínica de odontopediatria/UFF pós pandemia de covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lucas, Jessica de Oliveira Lima Vianna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31214
Resumo: Objetivo: Verificar a prevalência de cárie e identificar fatores sociodemográficos e parâmetros bucais associados ao impacto da condição bucal na qualidade de vida de crianças e seus responsáveis antes e pós pandemia da COVID-19. Métodos: Na primeira etapa da pesquisa (T1), em 2018/2019, crianças com idades entre 2 e 7 anos, atendidas na disciplina de Odontopediatria foram convidadas a participarem da pesquisa com seus responsáveis. Dados da ficha clínica de 50 pacientes foram coletados e o questionário B-ECOHIS (Brazilian Early Childhood Oral Health Impact Scale-Brazilian) foi aplicado antes do atendimento na primeira consulta. As variáveis de exposição analisadas foram sexo, idade da criança, renda familiar, grau de escolaridade e lesão de cárie não tratada. Na segunda etapa da pesquisa (T2), após a liberação do atendimento na UFF durante a pandemia de COVID-19 em 2020, somente 28 crianças foram reavaliadas e o mesmo questionário B-ECOHIS foi respondido para as crianças que retornaram para o atendimento e os dados clínicos coletados. Os dados foram analisados estatisticamente mediante teste não paramétricos e de correlação de Spearman (P < 0,05). Resultados: O ceo-d em T1 foi de 2,75 (+/- 3,56), em T2 ocorreu um incremento de dente cariado de 0,57 (+/-0,98) com índice ceo-d de 3,32 (+/-1,32). O índice de CPO-D também aumentou, T1 foi de 0,29 (+/- 0,71) em T2 1,29 (+/-1,76), havendo um incremento de dente com cárie de 1,00 (+/-1,41). Com relação aos itens do B-ECOHIS ocorreram alterações significativas entre T1 e T2 apresentando “piora” nos itens individuais da Seção Impacto na Criança em relação a dor nos dentes (P < 0,05), boca e maxilares (P=0,001), dificuldade para comer alguns alimentos (P =0,007), dificuldade em pronunciar qualquer palavra (P =0,026), faltar à pré-escola, creche ou escola (P= 0,009), dificuldade para dormir (P =0,011), evita falar P= 0,026. No impacto familiar, diferenças estatisticamente significativas foram encontradas com relacionado aos pais estão chateados (P=0,011) e se sentem culpados (P= 0,007). Em T1 observou-se correlação positiva nos os itens 2 (P =0,038) e 3 (P =0,016), do B-ECOHIS e a presença de cárie não tratada na dentição decídua. Em T2, correlação positiva entre ceo-d e o item 7 do B-ECOHIS (P 0,037). Em relação ao CPO-D correlação positiva foi observada entre o item 2 (P= 0,022), item 3 (P= 0,045), item 6 (P= 0,01), item 7 (P= 0,039), item 8 (P =0,002), item 9 (P= 0,035), item 10 (P= 0,007) do B-ECOHIS. Conclusão: Conclui-se que durante a pandemia houve um aumento no incremento de dentes cariados e maior impacto negativo com relação a qualidade de vida da criança e responsável.