Regimes de demanda: fundamentação teórica e análise empírica para o Brasil – 1951-1989

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Câmara, Felipe Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/36175
Resumo: O objetivo desta dissertação é investigar empiricamente a interação entre a distribuição funcional da renda e o crescimento da Demanda Agregada no Brasil em 1951-89 baseada no modelo de Regimes de Demanda, desenvolvido por Marglin e Bhaduri (1988). A evidência histórica mostra que na economia brasileira períodos de grande crescimento e industrialização com altas taxas de investimento foram acompanhados de compressão de salários e aumento da produtividade. Com a utilização dos métodos de estimação da equação de cointegração propostos por Stock (1987) e Stock e Watson (1993) aplicados à metodologia para verificação da natureza de Regimes de Demanda de Hein e Vogel (2008) encontrou-se que a redistribuição da renda em favor dos lucros (em detrimento de salários) aumentava a Demanda Agregada. Em um contexto nacional de alta inflação, instituto da indexação, elevada concentração dos mercados e políticas de contenção salarial emergiu um padrão de autofinanciamento do investimento em capital fixo o que implica em uma grande sensibilidade do investimento em relação à parcela salarial. Essa sensibilidade explicaria, então, a natureza do Regime de Demanda induzido por lucros, mesmo em uma economia com baixo coeficiente de abertura. Soma-se a isso a evolução de um padrão de consumo centrado em altas rendas que “acomodou” o modelo de crescimento com baixos salários.