Avanços na caracterização epidemiológica econômica e clínico-laboratorial da hematúria enzoótica em bovinos da região da zona da mata e sudeste de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pereira, Josielle de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29172
Resumo: Pteridium esculentum subsp. arachnoideum é uma planta tóxica de grande importância que acomete principalmente bovinos causando a hematúria enzoótica bovina (HEB). Este trabalho teve como objetivo realizar a caracterização epidemiológica, econômica e clínico-laboratorial dos casos de HEB na região da zona da mata e sudeste de Minas Gerais. Foram feitas entrevistas com 137 proprietários dos municípios de Rio Preto, Santa Barbara do Monte Verde, Santa Rita do Jacutinga, localizados em Minas Gerais e Valença, localizados no estado do Rio de Janeiro. Foram utilizados 92 animais de 10 propriedades rurais com casos de HEB, dos municípios de Rio Preto, Bom Jardim de Minas e Olaria, localizados em Minas Gerais. O desenvolvimento experimental foi dividido em quatro etapas: a primeira através de entrevistas com os produtores para levantamento e caracterização epidemiológica das propriedades através de questionário próprio. A segunda: coleta de sangue para realização de hemograma e bioquímica sérica, e coleta de urina para realização de urinálise. Terceira etapa: realização de exame físico dos animais e coleta de material histopatológico através da cistoscopia. E a quarta etapa: a elaboração de cartilhas explicativas de conscientização dos produtores rurais e médicos veterinários. Dentre os resultados do questionário, cerca de 31% dos produtores tiveram animais com hematúria nos últimos 2 anos, 22% tinham animais com a doença no momento da entrevista e 48% dos proprietários relataram ter a presença da planta em suas pastagens, além disso 74% relataram ter tentado algum tipo de tratamento. Dos animais do estudo, 34,8% eram saudáveis (G1), 32,6% apresentavam hematúria clínica (G2) e 32,6% tinham hematúria subclínica (G3). Em relação aos exames de hemograma, leucograma e bioquímica, não foram observadas alterações significativas dentre os grupos avaliados, sendo diferente de alguns autores. Somente no exame físico, químico e a sedimentoscopia tiveram alterações nos animais do grupo G2, o que condiz com outros relatos. A HEB é frequente na região estudada, contudo grande parte dos produtores desconhecem a causa. O hemograma e bioquímica não foi eficaz para identificar os animais doentes, sendo a urinálise sensível e específica. Não foram encontrados outros trabalhos que avaliam bilirrubina total, creatina quinase e LDH em animais com HEB.