Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Campos, Viviane de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/38232
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Resumo: |
A toxoplasmose é uma zoonose de grande interesse no âmbito da saúde pública, que atinge um terço da população mundial e tem como agente etiológico o protozoário Toxoplasma gondii. Dentre a população infectada, destacam-se dois grupos com maior importância médica: indivíduos imunocomprometidos e os congenitamente infectados, nos quais ocorrem as manifestações mais severas da doença. A infecção congênita, dependendo do período gestacional em que ocorre, pode acarretar danos severos ao feto, tais como aborto, calcificação intracraniana, hidrocefalia e retinocoroidite. A patogênese da toxoplasmose ocular (TO) adquirida é amplamente descrita na literatura, e a retinocoroidite é apontada como principal manifestação. Embora existam numerosos estudos sobre TO adquirida, recentemente nosso grupo demonstrou alterações microcirculatórias e redução na angiogênese no cérebro após infecção adquirida por T. gondii. Estes dados alertam para a possibilidade dessas alterações ocorrerem também na vasculatura da retina. Além desse aspecto, alguns estudos revelam destruição da organização das camadas da retina e depleção de células na camada dos fotorreceptores, porém ainda é vago como o desenvolvimento da retina é afetado após a transmissão vertical, o que limita o entendimento da TO congênita. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo investigar o impacto da infecção por T. gondii sob a retina de camundongos em diferentes tipos de infecção. Para atingir tal objetivo, utilizamos dois modelos distintos: o modelo de infecção congênita no qual fêmeas grávidas da linhagem C57BL/6 são separadas em grupos, controle e infectadas, e a prole é o foco das análises; e o modelo de infecção adquirida onde fêmeas da linhagem C57BL/6 são separadas em grupos controle e infectado e as análises são feitas 10, 20 e 30 dias após o inóculo. Em ambos os modelos, utilizamos a rota oral de infecção que melhor mimetiza a transmissão em humanos. Observamos que a infecção congênita induziu uma diferenciação neuronal prematura e aumento de pools de células progenitoras neurais mitóticas na camada neuroblástica, concomitantemente com expressão alterada de marcadores do ciclo celular, indicando assim a parada dessas células na fase G2/M em E18. Tais alterações podem influenciar a diferenciação celular, levando à formação anormal da retina. Já na infecção adquirida observamos um aumento significativo da área do vaso no plexo superficial que pode estar associado à neovascularização, além de observar que a infecção por T. gondii induz um aumento no perfil inflamatório sistêmico que levaria a danos na vasculatura retiniana, contribuindo assim para o comprometimento visual na toxoplasmose. Em conjunto, nossos modelos e resultados demonstrados trazem a possibilidade de diminuir as lacunas existentes na pesquisa da TO adquirida e congênita. |