Clusters espaciais de alta detecção de hanseníase no Brasil: definição e descrição de seu perfil socioeconômico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Andrade, Elaine Silva Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8760
Resumo: Introdução: A hanseníase ainda permanece endêmica no Brasil e seu plano de controle está entre os principais objetivos em nível nacional. O conhecimento das áreas de alto risco no país, corrobora com o planejamento, monitoramento e avaliação das ações de controle da endemia nestas áreas. Objetivo: Estudar a distribuição espacial da hanseníase no Brasil no período de 2010 a 2012. Métodos: As fontes de dados foram obtidos da Central de Dados do Sistema Único de Saúde, Ministério da Saúde do Brasil (DATASUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Indicadores de controle da hanseníase por unidade da Federação são apresentados. Clusters espaciais foram definidos por meio da Estatística Espacial Scan. Todos os casos de um município foram alocados na posição geográfica da sede municipal e para estimar as áreas de clusters utilizou-se raios de no máximo de 500 km. Para análise foram utilizados os 100.118 casos novos de hanseníase notificados nos 5.565 municípios brasileiros. A distribuição dos indicadores socioeconômicos dos municípios incluídos nos clusters foram comparados com os demais municípios do Brasil. Resultados: O coeficiente geral de detecção apresentou variações, indicando que o nível de endemia foi de baixo a hiperendêmico entre os estados brasileiros. O estudo confirmou a magnitude da doença nas regiões norte e centro-oeste onde se concentra a doença no país. A estatística espacial scan identificou 27 áreas de alto risco para ocorrência de hanseníase. O cluster nº 1, o “mais provável”, foi localizado na região norte-nordeste do país e abrangeu 387 municípios de 4 estados brasileiros apresentando um Risco Relativo= 4,38 e p<0,001. Nas áreas de cluster estão os municípios com piores indicadores socioeconômicos e com mais da metade dos números de casos novos do país. Entretanto, essas áreas apresentaram redução no coeficiente geral de detecção de aproximadamente de 11% quando em comparação aos dados do triênio anterior (2007-2009). Conclusão: As regiões centro-oeste, norte e nordeste do país são as endêmicas para a hanseníase e os clusters encontrados neste estudo refletem a real situação da doença no país, apontando a necessidade de priorizar o planejamento de intervenções estratégicas e o monitoramento mais efetivo, promovendo assim, maior impacto nas mudanças do quadro epidemiológico do país