A cidade e o mar: intervenções urbanísticas de valorização com o foco em aquário
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/26314 http://dx.doi.org/10.22409/PPGAU.2021.d.01889191710 |
Resumo: | A ligação com o mar permitiu a formação territorial atual, e o município do Rio, com sua baía de águas tranquilas, proporcionou o embarque/desembarque dos produtos, o que levou ao estabelecimento de uma comunidade portuária durante o período colonial. Entretanto, nesse processo de urbanização, o visual natural da Baía de Guanabara foi alterado drasticamente, onde várzeas e mangues foram drenados, rios e lagos impactados, inclusive junto à região portuária com seus trapiches e armazéns. Porém, a mais impactante ocorreu na reforma de Pereira Passos, na qual um enorme aterro surgiu proveniente do desmonte do Morro do Castelo. Nos anos 70, as mudanças ocorridas na logística operacional do porto do Rio de Janeiro gerou o isolamento da área ao tornar obsoleta sua estrutura anterior. Após diversas tentativas e projetos para revitalizar a região, e pela parceria público-privada firmada, implantou-se o projeto Porto Maravilha. Ele foi voltado para reformas viárias, como a demolição da Perimetral, sendo substituída por duas vias arteriais, a via Binário e o túnel Marcelo Alencar, e estruturas/monumentos para o turismo, como o Museu do Amanhã e AquaRio. A maioria dos portos brasileiros não possuem estruturas adequadas para a gestão ambiental, nem no que se refere ao controle de resíduos e outros impactos ambientais no dia-a-dia da atividade, nem nos planos de contingência para acidentes, nem no tocante aos projetos de expansão e modernização portuária. Apesar do anúncio de despoluição da baía para os Jogos Olímpicos, nada foi feito. Por sua vez, a cidade de Monterey, CA, EUA, teve um processo de formação portuária com aspectos relevantes semelhantes ao Rio, uma baía com águas calmas e rica em pesca. Enquanto pertenceu ao México, foi o principal porto de entrada de produtos na Califórnia. A pesca sempre esteve presente e, após a forte exploração feita pela indústria pesqueira durante o boom de sardinhas, o bioma marinho encontrava-se em sérios riscos. Após um grave acidente na California em 1969, com o vazamento de um petroleiro, o cenário começa a se alterar. Santuários marinhos foram estabelecidos no país, sendo o Monterey Bay Marine Sanctuary o maior de todos. E, gradativamente, a região sofreu sua alteração de uso, com enfoque turístico, fortalecido pela implantação do Monterey Bay Aquarium, que trabalha em constante parceria com os responsáveis pela manutenção do santuário. Já o AquaRio precisou usar barcaças com água oriunda das Ilhas Cágarras para abastecer seus tanques, devido à impossibilidade de tratamento das águas da baía, que se nada for feito caminha para a morte, onde seus usos, outrora benéficos, não conseguirão se manter. Ao todo, 90 quilômetros quadrados foram subtraídos pelos aterros, assoreamento acelerado e seco em 60 quilômetros quadrados de sua extensão. Propostas de revitalização portuária deveriam integrar o homem com o mar. Sem isso, a problemática só irá piorar. O que levou a esses dois locais possuírem realidades tão distintas? Qual seria os caminhos de aperfeiçoamento de um aquário marinho? |