Baixa qualidade de vida como um critério adicional para o diagnóstico clínico de insuficiência cardíaca na atenção primária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Arueira, Helena Barreto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12310
Resumo: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma condição pandêmica, cuja prevalência aumenta com o envelhecimento da população, tendo impacto na Qualidade de Vida (QV). O diagnóstico clínico de IC tem baixa acurácia e na atenção primária, o acesso aos métodos diagnósticos é limitado. OBJETIVO: Estimar a associação da queixa de “falta de ar”, “cansaço” e “edema bilateral de membros inferiores” (emi) - tríade sintomática da IC, com dimensões da QV, em população assistida pelo Programa Médico de Família (PMF) de Niterói. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado a partir do estudo CAMELIA, que envolveu famílias assistidas pelo PMF de Niterói. Foram incluídos 455 participantes do Estudo CAMELIA com trinta anos ou mais, avaliados por questionário, consulta médica e exames de sangue e urina. RESULTADOS: O “cansaço” foi mais prevalente (56,9%), seguido da “falta de ar” (22,6%) e do emi (16,9%). Houve uma associação independente de asma/bronquite, anemia, depressão, obesidade, diabetes melito, hipertensão arterial sistêmica, infarto do miocárdio, fibrilação atrial, acidente vascular encefálico, angina de peito e tabagismo e estatisticamente significativa da “falta de ar” e do “cansaço” com todos os domínios do SF-36 (Medical Outcomes Study 36-item Short Form Health Survey), com exceção de “aspectos emocionais” e “falta de ar” (valor de p <0,10). CONCLUSÃO: A associação da presença de “falta de ar” e de “cansaço” à baixa QV pode aumentar o valor preditivo positivo para o diagnóstico de IC, sendo uma possível alternativa para priorizar o acesso de pacientes a métodos diagnósticos mais acurados em cenário de atenção primária