Resposta de biomarcadores endoteliais a alterações na pressão parcial de oxigênio em indivíduos saudáveis e com hipertensão arterial sistêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Garcia, Vinicius Pacheco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11711
http://dx.doi.org/10.22409/PPGCM.2019.d.124441989782
Resumo: A capacidade do organismo de responder adequadamente à drásticas alterações na pressão parcial de oxigênio (PaO2) resultam em alterações funcionais ao endotélio. A liberação de fatores angiogênicos e quimiotáticos em resposta a essas alterações são essenciais para mobilizar células progenitoras endoteliais (CPE) e garantir a integridade endotelial. Embora esta hipótese tenha sido confirmada em modelos experimentais, em humanos, os mecanismos de reparo vascular e ativação endotelial subjacentes às drásticas alterações na PaO2 é desconhecido. Três estudos compõem esta tese. O objetivo geral foi avaliar a resposta de biomarcadores endoteliais a alterações na PaO2 em indivíduos saudáveis e com hipertensão arterial sistêmica (HAS), bem como investigar in vitro os efeitos do bloqueio da eNOS sobre o número e fenótipo das microvesículas endoteliais (MVE) e seus possíveis efeitos deletérios ao endotélio. O estudo I verificou que a hiperóxia induz o aumento da concentração de ICAM-1 e diminui a razão MMP-9 e TIMP-1 em indivíduos saudáveis (n=10). O estudo II demonstrou que indivíduos com HAS (n=9) apresentaram comprometimento da capacidade de mobilizar CPE em resposta à hipóxia, juntamente com menor aumento dos fatores angiogênicos como NO e VEGF. O estudo III observou in vitro que o bloqueio da eNOS estimula a liberação de MVE, as quais induzem maior expressão de p-NF-Kβ e liberação de IL-6 bem como reduzem a atividade da eNOS via alteração de miR-126. Conclui-se que a hiperóxia afeta o endotélio, levando à ativação endotelial via expressão de ICAM-1 e a regulação da matriz extracelular por MMP-9 e TIMP-1 em homens saudáveis. Além disso, o comprometimento induzido pela hipertensão na angiogênese em resposta à hipóxia está relacionada a menor biodisponibilidade de NO, redução de VEGF e mobilização de CPE. Por fim, o bloqueio da eNOS induz liberação de MVE, as quais promovem um fenótipo pró-inflamatório e diminuição da ativação da eNOS em células endoteliais