Histórico de poluição por elementos-traço de manguezal na Baía de Guanabara: estudo da geoquímica elementar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Mauricio Santos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/35695
Resumo: Uma avaliação da evolução da qualidade de sedimentos do manguezal do estuário do Rio Guaxindiba (Baía da Guanabara, RJ), que nas últimas décadas vem sofrendo com poluição devido à urbanização desordenada e pouco tratamento de efluentes urbanos, foi realizada em relação a elementos-traço (As, Cr, Cu, Ni, Pb e Zn). Um testemunho datado por 210Pb foi utilizado para a reconstrução do histórico de poluição deste ecossistema, que encontra dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim e recebe carga poluidora principalmente do município de São Gonçalo. Os resultados caracterizam o impacto da evolução do uso e ocupação do solo, principalmente nos últimos 50 anos, evidenciada pelas correlações de poluentes metálicos com indicadores de eutrofização (COT e P), assim como por ocorrer em período de elevação da densidade populacional e do percentual de uso do solo para ocupação urbana. Isto se somou a contribuições de fontes difusas da poluição que vêm da Baía da Guanabara. Este histórico de poluição se tornou preocupante desde a década de 1950, para Cu e Ni. Uma menor escala de poluição foi registrada para Zn e Pb, enquanto As e Cr tiveram níveis que não caracterizaram contaminação. As fontes de poluição de metais da bacia do rio Guaxindiba, principalmente para a foz do rio, onde se encontra na área de mangue na APA Guapimirim não está clara, pois existe uma influência da Baía de Guanabara no estuário, que recebe carga poluidora urbana e da industrialização na sua bacia de drenagem. Os resultados analisados neste estudo, correlacionando os resultados de metais, P e sensoriamento remoto, dimensionam o quanto que na área de estudo, mesmo estando oficialmente protegida por constituir parte de uma APA, existe exposição a efeitos da falta de gestão ambiental e sanitária adequadas, o que requer medidas para a proteção adequada da área.