Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Moço, Eduardo Henrique Mendonça |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/31129
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Resumo: |
A literatura científica carece de informações a respeito do quanto qualidade ambiental em Áreas de Proteção Ambiental (APA’s) marinhas sofre alteração por influência de fontes externas. A fim contribuir para uma melhor gestão ambiental, este trabalho avaliou a contaminação por metais (As, Ba, Cd, Pb, Cu, Cr, Fe, Mn, Hg, Ni, V, Zn) e metaloide (As) em manguezais presentes na APA’s de Suruí e Guapimirim (manguezal de Piedade) na Baía de Guanabara. Foram feitas correlações estatísticas para avaliar possíveis associações entre os parâmetros – concentrações de metais, As, granulometria e carbono orgânico total (COT). Para avaliar a propensão à contaminação foi utilizado o fracionamento geoquímico que permite determinar a predisposição à remobilização. A extração sequencial pelo método BCR (Bureau Communautaire de Reference) foi utilizada, sendo determinadas as frações 1 (F1 - trocável), 2 (F2 - óxidos/hidróxidos de Fe e Mn) e 3 (F3 - matéria orgânica e sulfetos). A fim de caracterizar indícios de biodisponibilidade, resultados da extração sequencial foram utilizados para calcular o Risk Assessment Code (RAC), enquanto os níveis de poluição foram avaliados utilizando-se as metodologias do Índice de Geoacumulação (I.geo.) e Sediment Quality Guidelines Quotients (SQGQ). Os resultados mostraram que o Al possui alto número de correlações devido à associação de diversos elementos a minerais de Al (As, Pb, Cu, Hg, Ni e V). Vários elementos também se correlacionaram com o COT (As, Cu, Cr, Hg, Ni e V). Também houve correlações com Fe (As, Cd, Ni e Zn) e Mn (Cd, Ni e Zn). Apenas três metais tiveram correlações com o percentual de partículas finas (Ba, Cr e V). A associação dos poluentes com Fe, Mn e COT se devem ao relativamente alto percentual (geralmente acima de 25%) de F2 e F3. Os elementos As, Cd, Mn, Hg e Zn apresentaram concentrações comparativamente maiores de F1, sugerindo uma maior biodisponibilidade. Isto causou enquadramentos desde baixo impacto (Pb e Cr) até médio a alto impacto (Cd), com base nos valores de RAC. O I.geo classificou 4,75 % dos resultados como muito poluído sendo todos no manguezal de Piedade em relação a As (1 ponto) e Ba (4 pontos). Outrossim, SQGQ evidenciou impacto em ambos os manguezais, com um dos pontos em Piedade (PIE P1) superando um valor orientador relativo à concentração de As, mostrando sério risco à fauna bentônica desde os primeiros estágios de vida. Este trabalho, portanto, avaliza a necessidade de ações conservacionistas em ambos os manguezais, com destaque para o estuário de Piedade que apresentou os maiores impactos |