Perfil plasmático dos potenciais biomarcadores imunes nos pacientes com esclerose múltipla remitente recorrente em um ensaio clínico controlado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gonçalves, Marcus Vinícius Magno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11605
Resumo: Introdução: Biomarcadores imunes que possam auxiliar no tratamento de pacientes com esclerose múltipla (EM) em uso de fingolimode ainda não estão definidos. Sendo assim, decidiu-se avaliar esses parâmetros em pacientes com esclerose múltipla remitente recorrente (EMRR) virgens de tratamento e que iniciaram fingolimode, comparados a pacientes com EMRR tratados com imunomoduladores e que, posteriormente, migraram para o fingolimode. Objetivo: Identificar possíveis biomarcadores imunes nos pacientes com EMRR em tratamento com fingolimode. Material e Métodos: Ensaio clínico controlado não randomizado. Avaliaram-se as concentrações plasmáticas de onze biomarcadores imunes dos 11 biomarcadores imunes : sCD40L, IL-1β, IL-6, IL- 17A, IL-17F, IL-21, IL-22, IL-31, IL-33, TNF-α e IFN-, em dois grupos de pacientes, quais sejam: o Grupo 1 (n=12), formado por pacientes com EMRR em tratamento com acetato de glatirâmer (AG) ou betainterferona (IFN-β) e que, após 6 meses, modificaram a terapia para fingolimode; e o Grupo 2 (n=12), formado por pacientes com EMRR previamente virgens de tratamento que iniciaram fingolimode na primeira visita. Foi utilizado ANOVA two-way para avaliar os biomarcadores e o coeficiente de Spearman rho para estudo de correlação. Resultados: Dois biomarcadores plasmáticos foram identificados, a IL-31 e o receptor solúvel sCD40L, os quais reduziram de forma correlata seus níveis plasmáticos nos pacientes com EMRR tratados com fingolimode (r=0,834 p<0,001). Foi possível verificar que o Grupo 1 apresentou uma redução significativa da IL-31 e do receptor sCD40L após 12 meses de tratamento (p<0,001), sendo mais acentuada após 6 meses de tratamento com fingolimode apenas para a IL-31 (p<0,05). No Grupo 1, a redução da IL-31 se correlacionou com a redução da IL-33 (r=0,762; p<0,05) e a redução do receptor sCD40L se correlacionou com a redução da IL-1β (r=0,800; p<0,05) e IL-17A (r=0,782 p<0,05). No Grupo 2, houve uma redução no número de surtos por tempo de doença-ano (p<0,001) e no escore do EDSS (p<0,05) após 12 meses de tratamento, acompanhado de uma redução dos níveis da IL-31 (p<0,001) e do receptor sCD40L (p<0,05), que se acentuaram após 6 meses de tratamento (p<0,05). No Grupo 2, o receptor sCD40L se correlacionou com a redução dos níveis do TNF-α (r=0,882; p<0,001), IL-17A (r=0,443; p<0,001), IL17-F (r=881; p<0,05), IL-21 (r=0,688; p<0,05) e IFN-γ (r=0,605; p<0,05) e a IL-31 se correlacionou inversamente com o número de lesões nas sequências ponderadas em T2/FLAIR (r=-0,591; p<0,05). Conclusões: O estudo forneceu dados convincentes sobre a existência de dois promissores biomarcadores imunes, IL-31 e o receptor sCD40L, que reduziram seus níveis plasmáticos nos pacientes com EMRR tratados com fingolimode