Combustível e capacidade estatal: um estudo comparativo do setor de petróleo e gás no Brasil e na Rússia
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/24999 http://dx.doi.org/10.22409/PPGEST.2021.m.14849217710 |
Resumo: | O presente texto é multidisciplinar e se desenvolve nas áreas de Estudos Estratégicos, Políticas Públicas e Ciência Política. Em um contexto de globalização, que exerce pressão sobre a ação do Estado, cada país buscou diferentes alternativas para conservar sua capacidade estatal, dentre as quais figura a montagem de sistemas de representação de interesses corporativistas. Contudo, não há estudos que se debrucem particularmente sobre a análise dessas estruturas comparativamente no Brasil e na Rússia, ambos países que buscaram modelos alternativos de desenvolvimento nos anos 2000. Ainda, não há considerações extraeconômicas sobre as potencialidades do corporativismo para setores considerados estratégicos. Tendo-se em vista esta lacuna, este trabalho busca testar a hipótese de causalidade entre estruturas corporativistas e o aumento de capacidade estatal no setor de Petróleo e Gás a partir das experiências brasileira e russa. Foi adotado o método process tracing, de modo a levantar evidências para testar a causalidade ao longo do tempo delimitado, e de avaliação de políticas públicas, de modo a inferir a capacidade estatal em cada caso ao longo do tempo. Resultados apontam para a invalidação da hipótese, visto que, apesar de coincidirem os períodos de maior corporativismo e maior capacidade estatal no setor, os elementos do mecanismo de explicação desta causalidade são demasiado frágeis e indiretos, sobretudo no caso brasileiro, de modo que a capacidade estatal não parece resultar do corporativismo em si. Concluo que estruturas corporativistas seguem sendo um recurso possível para o aumento da capacidade estatal, mas a sua construção depende sobretudo da autonomia do Estado frente aos grupos empresariais. No caso russo, em particular, houve uma convergência de interesses em torno do setor de P&G por parte do Estado e dos empresários, e as particularidades geográficas e políticas do país permitiram a sua instrumentalização mesmo para alcançar objetivos estratégicos no setor. |