Recorrência de gravidez em adolescentes de 18-19 anos, usuárias do sistema único de saúde (SUS) no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Jorge, Mariana Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8808
Resumo: O objetivo deste estudo foi identificar fatores associados à recorrência de gravidez em mulheres no final da adolescência, usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) no município do Rio de Janeiro. Trata-se de um recorte da pesquisa caso-controle intitulada “Gravidez Recorrente na Adolescência: uma investigação sobre o relacionamento com o parceiro”, conduzida no Hospital Municipal Carmela Dutra (HMCD) e Hospital Municipal Oswaldo Nazareth (HMON), maternidades da rede SUS do Rio de Janeiro, em 2009. Além da pesquisa de campo, realizou-se uma revisão da literatura, sobre questões reprodutivas e gravidez na adolescência, com ênfase nas relações familiares e na recorrência da gravidez. A revisão apontou para vulnerabilidade social das adolescentes, em toda a trajetória de sua vida sexual e reprodutiva, assim como a incipiente produção nacional sobre recorrência na gravidez adolescente. Para identificação da associação entre fatores sociodemográficos, familiares e afetivos, início da vida sexual, práticas contraceptivas, papel dos serviços de saúde e a recorrência de gravidez de mulheres no final da adolescência, foi empregado o desenho de caso-controle, selecionando as adolescentes puérperas das maternidades acima, na faixa etária de 18-19 anos. A subamostra totalizou 168 adolescentes, sendo 112 casos e 56 controles. Foi usada análise multivariada hierarquizada, propondo fatores sociodemográficos e familiares-afetivos no 1º nível e, no 2º nível, práticas contraceptivas, relacionamento com parceiro e acesso aos serviços de saúde no início da vida sexual. Houve associação da recorrência da gravidez com baixa escolaridade das adolescentes (OR=2,82; IC=1,39-5,75) e pais separados (OR=2,55; IC95%= 1,12-5,81), iniciação sexual mais cedo (OR=5,14; IC95%=2,04-2,98), longo tempo de relacionamento com o parceiro (OR=5,08; IC95%=1,89-13,59) e a não procura pelo serviço de saúde antes da primeira relação (OR=3,91; IC95%=1,29-11,82). O menor acesso ao serviço de saúde no início da vida sexual ainda não foi bem explorado na literatura nacional. Este estudo destaca o cenário de vulnerabilidade a que as adolescentes estão expostas e enfatiza a necessidade de avanços nas Políticas Públicas voltadas para as adolescentes