Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Assis, Thaís Reis de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/12621
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Resumo: |
Este trabalho objetiva analisou discursivamente a Revista do Ensino, importante impresso pedagógico oficial de Minas Gerais, no que tange à escolarização, à docência e ao docente entre 1925 e 1930. Utilizamos como suporte teórico analítico, a Análise de Discurso (PÊCHEUX, ORLANDI e demais autores) e a História das Ideias Linguísticas (ORLANDI, dentre outros) e, para compreensão da historicidade da escolarização, a História da Educação (FARIA FILHO, etc). No final do século XIX, existiam debates no Brasil sobre a necessidade de se institucionalizar um outro tipo de escola, consoante a perspectiva de países tidos como modernos. Com a ascensão republicana ao poder, estas discussões ganham força, sendo trabalhado o apagamento das formas de ensino advindas do Império e a construção de um outro modelo de escola. Neste contexto político pedagógico, em Minas Gerais, houve a promulgação de uma série de reformas do ensino, dentre as quais nos detivemos ao estudo da: Reforma João Pinheiro (1906) que iniciou o processo de criação e difusão dos Grupos Escolares, a Reforma Mello Vianna (1924) que trabalhou para/ na institucionalização deste tipo escolar e a Reforma Francisco Campos (1927) que se voltou, sobretudo, para a profissionalização do magistério. O discurso jurídico destas reformas do ensino se sobrepõe ao discurso pedagógico, comparecendo nas páginas da Revista do Ensino, auxiliando na construção de um novo lugar para a escola, para o docente e para à docência. Nossas análises buscaram compreender, na Revista do Ensino, a mudança da escola do âmbito privado/doméstico para o espaço público bem como a (trans)formação dos mestres, que num primeiro momento aprendiam a ensinar no exercício do ofício, em professoras, diplomadas pelas Escolas Normais, cuja atuação passava a ser disciplinada e fiscalizada pelo Estado. Ao longo de nossas análises mostramos o funcionamento da Revista do Ensino como instrumento linguístico e instrumento de manualização. Indicamos resistências, memórias, apagamentos, a visibilidade dada aos docentes e sua prática, a monumentalização do saber. Mostramos ainda a configuração da Revista como um elo coletivo e comum de leitura entre o professorado mineiro. A Revista do Ensino nos permitiu analisar a consolidação da escolarização primária nos moldes republicanos em MG, a monumentalização do saber, a instituição dos tempos de ensinar, a feminização do magistério, a profissionalização e a moralização da docência, a burocratização das atividades do professor, dentre outros importantes aspectos que nos possibilitam compreender algumas situações vivenciadas ainda hoje nas escolas |