Níveis hormonais tireoidianos e os escores de gravidade em crianças e adolescentes admitidos em uma unidade de terapia intensiva pediátrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Passos, Leonardo Daumas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12633
http://dx.doi.org/10.22409/PPGMMI.2019.m.01891289764
Resumo: Alterações na função tireoidiana são comuns em pacientes hospitalizados. O achado de TSH normal, associado a T3t baixo acompanhado ou não de T4t diminuído caracteriza a chamada “síndrome da doença não tireoidiana” (NTIS). Estudos relatando essas alterações e sua associação com prognóstico nas doenças agudas, têm sido publicados em pacientes adultos, sendo raros os estudos na faixa etária pediátrica. Objetivo - Observar a correlação entre função tireoidiana e escores de gravidade PRISM IV (Pediatric Risk of Mortality) e PIM-2 (Pediatric Index of Mortality) registrados na admissão em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP). Métodos – Estudo transversal onde foram avaliados 275 pacientes de 1 a 14 anos, admitidos em uma UTIP com atendimento secundário, predominantemente clínico. Foram calculados na admissão os escores PRISM-IV e PIM-2, e dosados níveis séricos de TSH, T4 livre, T3 e T4 totais. Também foram calculados a média, o desvio padrão e o intervalo de confiança, referentes aos dados demográficos, e utilizado o teste qui-quadrado para verificar associação, e o coeficiente de Pearson para avaliar a correlação entre os níveis hormonais tireoidianos e os escores de gravidade. Resultados - A média de idade da amostra foi de 56,8±49,6 meses, 54,9% do sexo masculino, sendo as afecções respiratórias o principal motivo de internação (82,2%). O índice de mortalidade da UTI foi de 1,39%, e o da amostra estudada, 1,1%. A probabilidade de óbito pelo PRISM IV foi de 1,26 e pelo PIM 2, de 1,49. Quanto aos níveis hormonais, todos os pacientes apresentaram T4 livre dentro do limite normal, o TSH em 65,9 % dos casos, permaneceu dentro dos valores normais de referência, e em 34,1%, abaixo dos níveis normais para idade. O T3 e T4 total estavam normais em 52,4% dos casos. Foi encontrado T3t baixo com T4t normal em 33,5% dos pacientes e T3t e T4t diminuídos em 14,1% dos casos. Verificou-se que um valor menor de PRISM IV (p = 0,0087) e PIM-2 (p < 0,0001) está associado à ausência NTIS e também encontrada correlação negativa entre os níveis de T3 total e PIM- 2 (r – 0,3083 e p<0,001), entre os níveis de T3 total e PRISM IV (r – 0,3179 e p<0,001), e entre os níveis de T4 total e PIM - 2 (r – 0,2223 e p=0,0002). Conclusão: A ausência de NTIS está associada a um menor escore de gravidade, e a um melhor prognostico, sendo que o nível mais baixo de T4 total está associado a um pior escore de PIM-2, e o nível mais baixo de T3 está associado a um pior escore de gravidade de PIM-2 e PRISM-IV e, provavelmente, a pior prognóstico.