Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Ariana da Rosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/3839
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Resumo: |
Este estudo está filiado à teoria da Análise do Discurso com base em estudos de Pêcheux, na França, e desenvolvida por Orlandi, no Brasil. A Análise do Discurso é uma disciplina que trabalha no confronto e propõe colocar em questão a evidência do sujeito e do sentido. Nossa pesquisa consiste em analisar os processos de produção de sentidos constitutivos do discurso político em debates eleitorais na mídia televisiva, mais especificamente, em dizeres dos candidatos à Presidência: Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), em dois debates eleitorais televisionados da campanha de 2014: o primeiro transmitido pela Bandeirantes e o último transmitido pela Globo. De acordo com a teoria à qual nos filiamos, o político não é o partidário, mas o perene processo de divisão de sentidos. Pensar na mídia em relação ao discurso político é refletir sobre a relação entre linguagem e sociedade. Mais do que isso, é pensar na discursividade produzida nessa tensão constitutiva das práticas sociais, constituindo sujeitos e possibilitando a produção de efeitos de sentido. Em nossa dissertação, entre outras questões, mobilizamos, teórica e analiticamente, o conceito de enunciação do ponto de vista linguístico, discursivo e psicanalítico. Isto nos permitiu observar que o modelo de “enunciação certeiro e firme, sem indecisões, tropeços, sem reticências ou rupturas sintáticas” (PAYER, 2005) de um sujeito que se encontra na ilusão de unicidade e origem do dizer, em algum momento falha, produzindo novos efeitos de sentido, pois “não há ritual sem falhas” (PÊCHEUX, 2014e [1978] [1988]), deixando entrever a verdade do sujeito sempre semidita, de acordo com a Psicanálise lacaniana. Além disso, pudemos observar as formações imaginárias das posições sujeito construídas discursivamente em seus dizeres, em relação ao lugar de onde fala, como candidato, e ao lugar do outro eleitor e do outro adversário político, através de uma análise dos elementos eu, nós, vocês e eles, de acordo com a proposta de Indursky (2013 [1997]). Isto nos permitiu verificar que estas imagens construídas discursivamente nos dizeres dos candidatos são fundamentais para a elaboração da argumentação no discurso político numa campanha, mas que não são garantias de sucesso, já que devemos considerar o processo de interpelação-identificação pelo qual o indivíduo é assujeitado |