Registrar para quê? uma análise das formas de registro dos atendimentos da guarda municipal de São Gonçalo(Rj)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Azevedo, Joelma de Souza.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9187
Resumo: Esta dissertação é resultado de uma etnografia acerca das principais formas de registro dos atendimentos realizados pela Guarda Municipal de São Gonçalo (GMSG), em especial de duas fontes, os Livros de Registro e o Talão de Registro de Ocorrência (TRO). O trabalho de campo ocorreu entre meados de 2010 e início de 2012, principalmente na sede administrativa da Guarda Municipal de São Gonçalo, cidade que foi escolhida por ser um dos locais que serão impactados pela construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ). Traz como questão central identificar como os atendimentos são registrados pelos guardas municipais, relacionando isso com os usos que a instituição faz com informações das ruas que chegam até o comando a partir desses relatos. Abordo também as políticas indutivas do governo federal e as propostas de ação no que tange ao papel dos municípios na segurança pública e como a GMSG responde a essas políticas públicas, principalmente no que diz respeito aos registros dos atendimentos, algo valorizado contemporaneamente como uma forma de gestão que valoriza o uso das informações públicas. Ao explorar o sistema classificatório das formas de registro exponho também a experiência de implantação de um sistema de informação dos registros dos atendimentos, desenvolvido por pesquisadores integrantes do InEAC em parceria com a Superintendência de Tecnologia da Informação, como uma tecnologia social de transferência de conhecimentos voltada à transformação das práticas de registro da informação. A realização do trabalho de campo permitiu evidenciar que as práticas tradicionais de registro estão voltadas a concepções distintas, a saber: do ponto de vista dos gestores serve para fiscalizar e punir os guardas, enquanto que, para os guardas os registros funcionam como um mecanismo de “resguardo”, ou seja, de proteção para eventuais problemas junto à instituição ou à Justiça.