Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Thaís Badini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/28922
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Resumo: |
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial e o primeiro colocado nas exportações de carne de frango. Em função da produção em larga escala, do tipo de criação e do manejo de frangos de corte, as lesões cutâneas como a celulite aviária, vêm se tornando cada vez mais frequentes e são consideradas como uma das maiores causas de condenações totais e parciais em todo o mundo. Neste estudo objetivou se isolar e identificar E. coli de lesões de celulite e miúdos (coração e fígado) de frangos de corte, identificar fatores de virulência de resistência sérica (iss) e fimbrial F11 (fel A) pela PCR, identificar os isolados pela RAPD e correlacioná-los pela análise molecular, a fim de avaliar o potencial patogênico dos isolados e o caráter séptico da doença. Foram utilizados 51 frangos de corte com lesões típicas de celulite identificadas pela Inspeção Sanitária. Na Inspeção, as lesões de celulite apresentaram úlcera cutânea, sendo que oito com espessamento de pele, alterações na coloração tendendo ao amarelo-avermelhado e irregularidade na superfície cutânea. Ao corte, notou-se presença de fluido gelatinoso e placas amarelas destacáveis e em alguns casos foi visível o acometimento da musculatura adjacente. Foram isoladas estirpes de Escherichia coli das lesões de celulite e de miúdos (fígado e coração) dos frangos estudados, a fim de estabelecer o caráter séptico da lesão. Estirpes de E. coli foram recuperadas em 96% das lesões de celulite, em 50,98% das amostras de fígado e em 41,17% das de coração. E. coli foi isolada de 50 frangos. Em 19, a bactéria estava presente somente em lesões de celulite; em 11, nas lesões de celulite e no fígado; em cinco, nas lesões de celulite e no coração; em 14, nas lesões de celulite, no fígado e no coração; e em uma, somente no fígado e no coração. Não houve significância pelo coeficiente de qui quadrado (p>0,05) ao correlacionar os tamanhos das lesões com os isolamentos de E.coli em celulite e celulite e miúdos (fígado e coração). Dos 190 isolados de E. coli provenientes dos 51 frangos estudados, 59,47% foram positivos para o gene iss e 4,2%, para o gene felA. Os resultados da RAPD-PCR, comparados pelo software BIONUMERCS, foram agrupados em 46 “clusters” com 80% ou mais de similaridade, sendo o menor composto por duas estirpes e o maior por doze. Das 30 aves em que foi isolada E. coli, em lesões de celulite associada a miúdos (fígado e/ou coração), em 10, foram obtidas estirpes com mais de 85% de similaridade entre os isolados de celulite e miúdos, em nove amostras, houve 85% de similaridade entre isolados de fígado e de coração sem similaridade entre os isolados de celulite, e em 11, não houve correlação entre os isolados. A detecção de estirpes de E. coli com alta similaridade genética em celulite e em miúdos pode significar que a remoção parcial das lesões não minimiza o risco à saúde coletiva. Assim, o isolamento de E.coli de celulite e miúdos em frangos de corte fortalece a ideia de que a remoção parcial das lesões de celulite apenas minimiza o aspecto repugnante da carcaça, sendo mais estética do que higiênica, visto que não contribui para eliminação da contaminação que poderia se estender às linhas de produção. |