Estudo de caso-controle por anatomopatologia e RT_PCR da doença infecciosa da bolsa de Fabrício associada a caso de celulite em frangos de corte sob inspeção sanitária federal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Alves, Fernanda Martinez Xavier
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28760
Resumo: A avicultura industrial no Brasil evoluiu muito em tecnologia nos últimos anos, entretanto algumas doenças imunodepressoras, como a doença infecciosa da bolsa de Fabrício (DIB), ainda preocupam os sanitaristas. A DIB é uma doença viral aguda, altamente contagiosa, que afeta aves jovens, comprometendo o tecido linfóide, principalmente a bolsa de Fabrício que por causar imunodepressão nas aves, favorece o aparecimento de outras enfermidades como problemas respiratórios, caquexia, dermatites e celulites que provocam inúmeros prejuízos econômicos na indústria avícola. Este trabalho foi realizado com o objetivo de identificar a doença Infecciosa da bolsa de Fabrício pela anatomopatologia e RT-PCR e sua relação com a celulite em frangos de corte sob Inspeção Sanitária Federal. Foi realizado um estudo epidemiológico de caso – controle, onde o grupo caso foi constituído por 68 aves portadoras de celulite e o grupo controle, por 60 aves sem a doença. Os 128 frangos de corte apresentavam idade entre 40 e 48 dias, foram vacinados contra a DIB no 14º dia de vida (via água de bebida) e abatidos sob inspeção sanitária. Após o exame macroscópico foram coletados fragmentos de pele (lesada e integra) em formol a 10%, bolsa de Fabrício e o baço. As bolsas ao serem coletadas, foram medidas em bursômetro e registradas de acordo com sua escala. A bolsa e o baço foram repartidos, metade acondicionada em formol a 10%, para histopatologia e metade acondicionada em gelo para posterior processamento biomolecular. A histopatologia foi realizada pelo processamento por técnicas habituais para a inclusão em parafina até a coloração em H.E, no serviço de Anatomia Patológica da Universidade Federal Fluminense (UFF). Foi criado um escore para análise histológica das lesões das bolsas com os seguintes critérios: escore 0 – sem lesão; escore 1 – discretas hiperplasia e rarefação linfóide de folículos; 2 – edema, infiltrado inflamatório, necrose de folículos, rarefação linfóide severa e atrofia discreta de folículos; escore 3 – presença de cistos foliculares e epiteliais, atrofia severa de folículos e fibrose. Od fragmentos de bolsa refrigerados foram levados para o laboratório de Epidemiologia Molecular da UFF para realização da RT-PCR. Os fragmentos de baço foram encaminhados para PCR no laboratório de Doença da Aves da Universidade Federal de Minas Gerais. Microscopicamente todas as lesões de pele do grupo caso foram confirmadas como celulite. Lesões amareladas em placas no subcutâneo de frangos de corte devem ser consideradas como celulite. Em relação à microscopia da bolsa de Fabrício foram encontrados uma bolsa com escore 0; três, com escore 1; 25, com escore 2; e 99, com escore 3. Na realização da RT-PCR para o vírus da DIB, o grupo caso apresentou 22 amostras positivas e o grupo controle nove amostras positivas. Houve diferença estatística (p<0,05) pelo Qui-quadrado Kruskall Wallys entre os grupos caso e controle em relação à gravidade das lesões de bolsa de Fabrício obtidas. Pela análise de Risco, a presença do vírus da DIB favoreceu em 2,17 vezes o aparecimento de celulite. A presença do vírus da DIB detectado pela RT-PCR, favoreceu a presença de celulite (Qui-quadrado Exato de Fischer, p<0,05).