Os diários das que foram: uma literatura subversiva que se adapta ao corpo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Teixeira, Alexandra Maia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27549
Resumo: Este trabalho pretende revisar as obras Quarto de despejo de Carolina Maria de Jesus e Hospício é Deus de Maura Lopes Cançado a partir de uma crítica feminista. O objetivo é reler essas obras com um novo olhar, entendendo que nossos olhos são moldados não só por nossas experiências, mas também por preconceitos difundidos em sociedade e que também estão presentes na crítica literária. Dessa forma, cumpre estudar o porquê de as autoras terem adotado o gênero diário na escrita de seus textos e rever o modo como a crítica da época recepcionou essas obras, propondo uma leitura que valorize o valor literário desses livros, o ponto de vista de suas autoras no contexto cultural dos anos de 1960, as contradições, as paixões e a atuação de Carolina e Maura. Pois, embora o conteúdo dos livros seja diferente e as suas autoras se situem em horizontes sociais muito distintos, é possível encontrar pontos de convergência entre as obras escritas por mulheres que viveram à margem da sociedade: Carolina de Jesus, por ser negra, pobre e favelada; Maura Cançado, por ter sido considerada louca e internada em hospício. Apesar das adversidades, foi na literatura que essas mulheres encontraram um jeito de sobreviver e sonhar.