Flows & Views: batalhas de rimas, batalhas de YouTube, cyphers e o RAP brasileiro na cultura digital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Rômulo Vieira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15258
Resumo: Este estudo reflete sobre as reconfigurações do RAP brasileiro a partir da cultura digital. Após três décadas da sua fundação, o gênero musical passa a consolidar novos traços, circular em novos espaços e demonstrar números expressivos de audiência. Com base na discussão sobre oito vídeos de alta visibilidade, busca-se mapear aqui quais são os atores e as reconfigurações que influem no gênero musical em tempos de cultura digital. Argumenta-se que as batalhas de rimas são os principais espaços de sociabilidade do RAP brasileiro nas décadas de 2000 e 2010 e que o YouTube é a plataforma central pelo qual esses eventos circulam e são consumidos. Neste sentido, compreendendo o RAP como uma rede sociotécnica (LATOUR, 2012), em que tanto atores humanos quanto objetos técnicos agenciam a construção da cena musical (PEREIRA DE SÁ, 2013), parte-se dos estudos de gênero musical em perspectiva comunicacional (JANOTTIJUNIOR; PEREIRA DE SÁ, 2018) para verificar quais são os resultados da associação das batalhas de rimas ao YouTube para o RAP brasileiro. A pesquisa é dividida em três capítulos: o primeiro, sobre as balizas formativas do RAP a partir da noção de gênero musical; o segundo, sobre os efeitos da associação das batalhas de rimas ao YouTube para a cena do RAP brasileiro; e o terceiro, sobre a emergência de duas novas modalidades de RAP, as batalhas de YouTube e os cyphers, como produtos dessa associação. O estudo evidencia que a cultura digital produz deslocamentos das performances e das socioespacialidades do RAP brasileiro, criando uma nova rede de circulação por meio do YouTube e tensionando a noção de RAP Freestyle como ela é estabelecida até então no Brasil.