Avaliação do tratamento com implantes ossseointegráveis em pacientes idosos: estudo retrospectivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pinheiro, Aristides da Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13605
Resumo: O presente estudo teve como objetivo avaliar o tratamento com implantes osteointegráveis em pacientes idosos, de forma retrospectiva, descritiva, longitudinal, observacional, de secção transversal, tendo sido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense. Foram avaliados 173 prontuários de participantes da pesquisa que receberam próteses com carga tardia nos implantes osseointegráveis instalados no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2015, na clínica do curso de Especialização em Implantodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense. Foram avaliadas as especificações dos implantes instalados e as respectivas arcadas, descrição dos implantes que não 0btiveram osseointegração desde o primeiro tempo cirúrgico até a fase de confecção e colocação da prótese, os tipos de próteses que foram colocadas sobre os implantes, uso de medicamentos e doenças sistêmicas apresentadas, bem como as intercorrências pós-operatórias relatadas pelos participantes da pesquisa no ato da remoção da sutura e as observações feitas pelos alunos. Informações como idade e gênero, as ausências dentárias apresentadas ao iniciar o tratamento e as expectativas dos participantes da pesquisa também foram avaliadas. De um total de 1.000 prontuários analisados, 173 participantes de pesquisa possuíam os critérios necessários e foram incluídos e avaliados neste estudo, sendo 104 (60%) mulheres e 69 (40%) homens, com idade média total de 63±4.52 anos. Um total de 121 (70%) participantes da pesquisa apresentaram doença sistêmica, 11 (6.3%) participantes apresentaram bruxismo e 106 (61.3%) utilizavam medicamentos. As principais expectativas dos pacientes foram estética e função, sendo que o item função foi o mais citado 134 (77,8%). Dentre as características intra-orais relativas aos dentes perdidos, foi observaddo um total de 2.939 ausências dentárias nos 173 participantes da pesquisa. Edentulismo total foi observado em 128 (37%) arcadas, com 2.048 perdas dentárias. A ausência parcial de dentes (891 perdas dentárias) estava presente em 218 (63%) arcadas. Observou-se maior perda dentária na maxila em relação à mandíbula (p<0.001), assim como maior número de ausência dentária parcial na mandíbula em relação à maxila (p<0.001). Do total de 805 implantes instalados, 537 (66.7%) foram instalados na mandíbula e 268 (33.3%) na maxila. Um total de 33 (4%) implantes tiveram perda primária, sendo que 20 (60.6%) foram em implantes instalados na maxila e 13 (39.4%) na mandíbula, apresentando um índice de sucesso de 96%. As principais intercorrências registradas após a cirurgia foram edema 31 (17,9%), hematoma 26 (15,0%), no entanto, 141 participantes (81,5%) não tiveram qualquer intercorrência registrada após a cirurgia. Conclui-se que a maxila apresentou 3 vezes mais chances de perda do implante e maior número de edentulos totais em relação a mandíbula. A taxa de perda primária de implantes em pacientes idosos foi baixa, levando a supor que o sucesso na instalação de implantes osseointegráveis em pacientes idosos é alto, na medida em que um protocolo criterioso de atendimento é estabelecido.