Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Fleming, Maria Emília de Castro Kling |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/3356
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Resumo: |
Introdução: as infecções de corrente sanguínea estão entre as mais graves infecções, principalmente se causadas por microrganismos resistentes a antimicrobianos. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência e o perfil de resistência de microrganismos isolados em hemoculturas em um hospital público e outro privado localizados em Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Métodos: o estudo foi conduzido em um hospital geral de natureza pública com 227 leitos e um hospital geral, privado contendo 123 leitos, entre agosto de 2009 a agosto de 2010. Todas as amostras provenientes de pacientes maiores de 18 anos foram consecutivamente coletadas após identificação por métodos de rotina de cada laboratório de microbiologia. As cepas de E. coli, K. pneumoniae, K. oxytoca e P. mirabilis foram testadas quanto a produção de ESBL (extended spectrum betalactamase) de acordo com as recomendações do CLSI. As enterobactérias foram testadas quanto a produção de carbapenemases pelo teste modificado de Hodge (CLSI). As amostras de P. aeruginosa foram testadas para a produção de MBLs pelo teste fenotípico de disco combinado. A reação em cadeia da polimerase (PCR) foi utilizada para a detecção dos genes (blaIMP, blaVIM, blaSPM), relacionados com a produção de metalo-beta-lactamases (MBLs). A similaridade genética entre as cepas de P. aeruginosa foi avaliada pela técnica de eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE). resultados: foram coletadas 195 amostras de microrganismos isolados em hemoculturas no hospital público e 123 amostras no hospital privado. Os nãofermentadores foram a maior causa de bacteremias na unidade de terapia intensiva (UTI) da instituição pública. As enterobactérias foram os microrganismos mais prevalentes nas enfermarias da unidade privada. No hospital público foram detectadas amostras produtoras de ESBL, enquanto no hospital privado foram identificadas cepas produtoras de carbapenemases. Dentre as cepas de P. aeruginosa, 40 amostras foram testadas para a produção de MBLs. Treze cepas (32,5%) foram positivas no teste fenotípico e no PCR, todas positivas para o gene blaSPM-1, sendo que apenas uma foi proveniente da instituição pública e 12 do hospital particular. Nenhuma amostra carreadora dos genes blaIMP-1 e blaVIM-2 foram detectadas. Os resultados de PFGE mostraram que todas as cepas carreadoras do gene blaSPM-1, isoladas no hospital privado, foram geneticamente relacionadas (pulsotipo A), o que pode indicar uma transmissão cruzada entre os pacientes e profissionais de saúde. Conclusões: as características dos microrganismos isolados em hemoculturas variou entre as unidades de internação e entre os hospitais, demonstrando que os dados locais podem orientar a terapia antimicrobiana e as medidas de controle e prevenção das infecções. Devido ao impacto das infecções de corrente sanguínea e a presença de microrganismos resistentes no ambiente hospitalar, estudos adicionais e medidas de vigilância são necessárias |