Diagnóstico molecular de Herpesvirus felino -1, Calicivirus felino, Mycoplasma felis e Chlamydophila felis associado à conjutivite felina
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Fluminense
Niterói |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/6255 |
Resumo: | A conjuntivite felina é uma enfermidade frequente em animais domiciliados, de abrigos e de vida livre. Os microorganismos associados com maior frequência a conjuntivite são: herpesvirus felino tipo-1 (FHV-1), calicivirus felino (FCV), Mycoplasma felis (M. felis) e Chlamydophila felis (C. felis). Estes agentes vêm sendo identificados sozinhos ou em infecções polimicrobianas, mas não existem até o momento, dados disponíveis que associem a gravidade dos sinais clínicos oftalmológicos com esses patógenos, bem como quais as variantes destes agentes em circulação na região metropolitana do Rio de Janeiro. O objetivo geral deste trabalho foi realizar o diagnóstico molecular dos principais agentes microbiológicos associados à conjuntivite felina e realizar a caracterização molecular de FHV-1 e FCV encontrados nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói. Foram realizados 108 coletas por meio de citobrush de conjuntiva de gatos assintomáticos (G1, n=40) e com sinais de conjuntivite (G2, n=68). A idade dos animais variou de 2 meses a 1 ano. Os sinais oftalmológicos de conjuntivite foram categorizados conforme a gravidade em um escore de 1 a 4. O genoma (DNA e RNA) foi extraído, o cDNA sintetizado imediatamente após o término da extração. A reação em cadeia pela polimerase (PCR) e Nested-PCR para detecção de agentes virais foram realizadas utilizando pares de iniciadores que amplificam: um fragmento de 287 pb do gene que codifica para a enzima timidina quinase (TK) dos FHV-1 e um fragmento de 467 pb do gene que codifica para RNA polimerase RNA dependente (RpRd) dos FCV. A PCR foi realizada para os agentes bacterianos utilizando pares de iniciadores que amplificam um fragmento de 187 pb do gene que codifica para o 16S/23S rRNA intergênico de M. felis e um fragmento de 1094 pb do gene que codifica para a região do 16S de C. felis. Foi realizado o sequenciamento e análise filogenética das amostras positivas para FHV-1, FCV e dos controles positivos de M. felis e C. felis. O genoma do FHV-1 foi detectado em 62/108 amostras, do FCV em 40/108, M. felis em 11/108 e C.felis em 26/108. Infecções polimicrobianas foram detectadas em 39/108 amostras. Foi realizado sequenciamento e análise filogenética do gene que codifica para TK de 23 amostras positivas para FHV-1. Esta região apresentou pouca variabilidade genética e não foi possível estabelecer uma associação entre as características genéticas da amostra com o local de coleta ou sinais clínicos dos animais. Oito amostras de FCV foram sequenciadas e a análise do fragmento de RdRp evidenciou a formação de dois clusters distintos, um deles constituído somente por amostras deste estudo e outro por amostras deste estudo e protótipos disponíveis no Genbank, sugerindo a circulação de duas variantes distintas de FCV. Em G1 (40 olhos), 70,0% das amostras foram positivas para um ou mais agentes pesquisados. Em G2, 85,3% das amostras foram positivas para um ou mais agentes pesquisados, sendo que 17,2% para FHV-1,3,4% para FCV, 1,7% para M.felis e 1,7% para C. felis. As coinfecções representaram 51,5% das amostras. Estes dados reforçam a importância do diagnóstico molecular possibilitando ao clinico o direcionamento de uma terapêutica adequada, permitindo adoção de técnicas de manejo eficientes no controle destes agentes. O FHV-1 foi o patógeno mais frequente em G1. Concluiu-se que escores mais altos estão relacionados aos casos de co-infecções. E, por último, M. felis e C.felis são patógenos oportunistas nos casos de conjuntivite. |