Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Juliana Ferreira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/28782
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Resumo: |
A mastite caprina ocasiona significativos prejuízos econômicos em decorrência do descarte do leite, dos custos com medicamentos e assistência veterinária, da redução da quantidade e qualidade do leite e derivados lácteos. O consumo do leite pode representar sério problema de saúde pública devido à transmissão de patógenos e resíduos de antibióticos, em casos de animais tratados. O objetivo do presente estudo foi isolar e identificar os principais agentes bacterianos em 11 propriedades, identificadas alfabeticamente de A à K. Foram examinadas 129 amostras de leite de cabra in natura em relação à presença da Artrite Encefalite Caprina (CAE), realizar e avaliar análises físico-químicas e California Mastitis Test (CMT) para o diagnóstico da mastite subclínica, e verificar o perfil de resistência antimicrobiana in vitro de Staphylococcus spp. frente a antimicrobianos de utilização clínica veterinária. Foram isoladas 101 cepas bacterianas: Staphylococcus spp. 73,26% (74/101), bastões Gram positivos 9,90% (10/101), Streptococcus spp. 5,94% (6/101), Proteus vulgaris 2,97% (3/101), Pseudomonas spp. 2,97% (3/101), Escherichia coli 1,98% (2/101), Klebsiella spp. 1,98% (2/101) e Enterococcus spp. 0,99% (1/101). Os resultados foram negativos tanto para o cultivo quanto para o diagnóstico molecular (PCR) para Mycoplasma spp., de acordo com a metodologia empregada. A maior taxa de resistência antimicrobiana foi obtida para a ampicilina e a penicilina e não foi observada resistência à gentamicina e cefotaxima. A prevalência para CAE pela Imunodifusão em Gel de Agarose (IDGA) foi de 24,0% (31/129), sendo a positividade para os caprinos ordenhados mecanicamente significativamente maior (p<0,05) do que para aqueles ordenhados manualmente, com um risco de 4,7 pelo odds ratio (intervalo de confiança de 1,922 a 11,687), e 72,7% (8/11) dos rebanhos apresentaram pelo menos uma cabra positiva para CAE. Os parâmetros físico-químicos acidez, caseína, cloretos, densidade, extrato seco total e desengordurado, gordura, índice crioscópico e lactose diferiram significativamente (p<0,05) entre e dentre os rebanhos pelos testes estatísticos ANOVA e Tukey-Kramer. Em relação aos padrões estabelecidos pela legislação, os rebanhos K para acidez; C, E, F, G, H, I e J para gordura; H para densidade e A para lactose, não atenderam o mínimo exigido. Os valores de lactose e cloretos foram significativamente menores e o índice crioscópico maior em cabras positivas para CAE do que em cabras soronegativas pelo teste t-Student (p<0,05). A positividade para CAE, a presença de patógenos bacterianos no leite e parâmetros físico-químicos fora dos padrões fixados pela legislação reforça a importância em monitorar a fase de produção deste alimento nas propriedades, a fim de propiciar um produto de melhor qualidade ao consumidor. |