Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Ana Letícia Ferreira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/3800
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Resumo: |
Nesta pesquisa tratamos do contato entre a língua Portuguesa e a língua Tikuna, uma língua autóctone, que é falada por uma grande população que vive na Região Amazônica e se distribui por três países fronteiriços: Brasil, Colômbia e Peru. Nessa região encontra-se localizada a cidade de Tabatinga, a qual através da política de interiorização das universidades, recebeu um polo da Universidade do Estado do Amazonas-UEA, denominado Centro de Estudos Superiores de Tabatinga-CESTB. Com as cotas para as etnias indígenas oferecidas pela UEA e, com a presença das Universidades Estadual (em Tabatinga-AM) e Federal (no município vizinho Benjamin Constant-AM), o acesso ao ensino superior é viabilizado aos estudantes indígenas que têm o Português como segunda língua (L2). O objetivo dessa pesquisa é discutir as atitudes linguísticas de universitários Tikuna, na situação de contato Português/Tikuna. Pretende-se verificar se tais atitudes, comportamentos e usos linguísticos, nos diversos domínios/âmbitos que os Tikuna interagem, apontam elementos favorecedores para a manutenção/substituição da sua língua indígena. Para nortear o estudo, foram utilizados princípios teórico-metodológicos da Sociolinguística, da Psicologia Social, da Etnografia da Comunicação e da Sociologia da Linguagem, partindo do pressuposto de que língua e identidade estão intimamente relacionadas e que, consequentemente, atitudes em relação a uma língua refletem atitudes em relação ao grupo que a fala. Foram encontrados casos de monolinguismo em Português e, também, uma mudança no comportamento linguístico dos Tikuna. Em relação aos filhos, fatores objetivos como a necessidade econômica de ascensão social e fatores subjetivos, como o medo de que eles passem pelas mesmas dificuldades por não apresentarem certa competência na língua, têm levado os pais cada vez mais a usarem o Português como L2, no ambiente da casa. No entanto, os usos e a transmissão intergeracional aliados às atitudes manifestadas pelos participantes, de maneira geral favorecem a manutenção da língua Tikuna, uma vez que eles a têm como marca de sua identidade étnica e acreditam que, por isso, deve ser preservada |