O quadro urbano-regional de Juiz de Fora – MG: processos, dinâmicas e as novas relações com sua região de influência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Amaral, Sabrina Ferretti do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24031
Resumo: A amplitude e complexidade dos fenômenos urbanos com sua diversidade de formas resultantes sobre os assentamentos humanos no território, na contemporaneidade, requerem nova compreensão e tratamento sobre as questões que envolvem o processo de produção e reprodução dos espaços urbanos e regionais. Nestes, as relações e comunicações entre as escalas – local, regional, nacional e global - não mais se estabelecem hierarquicamente como apreendidas anteriormente. O atual processo de constituição da rede urbana brasileira, com seus novos papéis, incentivados para serem desempenhados pelas cidades e suas respectivas regiões - dinâmicas econômicas, sociais e espaciais - materializam-se no espaço urbano, sobretudo, através de fixos territoriais que redesenham novos e diferentes fluxos. Assim, as reflexões contidas na tese, de naturezas teórica e empírica, objetivam a elucidação dos processos de intermediação intersetorial, e de metropolização, tendo como referência a cidade de Juiz de Fora - localizada na Mesorregião da Zona da Mata do Estado de Minas Gerais - especialmente em razão de suas particularidades. Neste sentido, vale ressaltar: a importação de um novo modelo de gestão municipal, que tornou o espaço urbano da cidade palco de grandes elementos urbanos, realizados em parcerias público-privadas; o surgimento de inúmeros condomínios fechados, dentre eles o Alphaville; a não aplicação da legislação urbanística, desatualizada desde 1986, e que vem permitindo – através do uso de leis complementares – a ocupação irregular do território da cidade e de sua área de expansão, segundo os interesses da especulação imobiliária local; a determinante implantação do Aeroporto Regional Presidente Itamar Franco; e ainda, os elementos que compõem o futuro corredor logístico da BR 040, a saber: a UFJF, o Parque Científico e Tecnológico de Juiz de Fora e Região, a BR 440, a Duplicação da Av. Deusdedith Salgado, o EXPOMINAS Juiz de Fora, entre outros. A metodologia aborda o processo de urbanização, as dinâmicas recorrentes, os agentes presentes neste contexto, enfatizando a escala local e as características de sua microrregião, e apresentando como resultado o quadro das novas relações entre Juiz de Fora e sua região de influência. Neste sentido, percebe-se a relação direta de Juiz de Fora com dois grupos distintos: o primeiro, formado por municípios que têm na atividade agropecuária expressiva participação no PIB Per Capta municipal e apresentam forte dependência da cidade polo para suprir as suas necessidades, sobretudo, nos setores de saúde e educação; e o segundo, formado por municípios que, timidamente, buscam seu crescimento econômico no setor industrial e uma menor dependência de Juiz de Fora no setor de serviços. Nota-se ainda que, para além da sua microrregião, Juiz de Fora estende suas relações (sobretudo competitivas) com alguns municípios da Região de Governo Centro Sul Fluminense. Concluiu-se que a nova configuração regional exige do município polo o desenvolvimento de um planejamento urbano-regional efetivo e que viabilize as funções de complementaridade em relação aos municípios vizinhos.