Como sustentar a formação? A importância do coletivo como recurso para produzir saúde durante a formação do curso de psicologia da UFF/Niterói

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Brito, Naiara Duque da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37451
Resumo: Essa dissertação tem como objetivo discutir como, frente a todas as dificuldades encontradas no dia a dia, alguns estudantes persistem na formação até a conquista do diploma universitário. Assim, a questão que norteia essa pesquisa é: Como é possível sustentar e ampliar a produção de saúde do estudante de psicologia da UFF/Niterói, em especial, do cotista, de modo a garantir a sua permanência? Para promover este diálogo, apontamos para as tensões que marcam a vida acadêmica. Em um primeiro momento, nós traçamos uma breve linha histórica para compreender as controvérsias que marcam ainda hoje a universidade pública. Nesse trajeto, três medidas, fruto de muita luta, são essenciais para a transformação dessa realidade, de um espaço que pertencia as elites para um que fosse mais próximo da realidade da sociedade brasileira. Essas medidas foram o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), o Sistema de Seleção Unificada (SISU) e a Política de Ações Afirmativas (lei nº 12.711/2012). Contudo, apenas garantir o acesso não é o suficiente para democratizar o ensino superior público. Nesse sentido, o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) foi fundamental para a construção de uma política não apenas de ingresso, mas de permanência, por meio da assistência estudantil, em especial, para os estudantes mais vulneráveis, os cotistas. Em um segundo momento, buscamos a experiência vivida e compartilhada nas redes sociais pelos próprios estudantes. Campanhas como a #NãoéNormal são importantes para coletivizar as questões vividas por cada um enquanto estudante universitário. Ao questionarmos sobre como podemos produzir saúde durante a formação de modo a garantir a permanência, nos voltamos para a potência do coletivo. São esses coletivos que os estudantes utilizam, criam e recriam como estratégias para a produção de saúde e, por consequência, sua permanência na universidade. É a segurança do coletivo que permite ao estudante de psicologia da UFF/Niterói ser normativo e criar recursos para ação frente aos desafios cotidianos. Apostamos assim, na importância de dispositivos coletivos e espaços de discussão como o Diretório Acadêmico do curso de psicologia da UFF/Niteroi (Dapsi), o Fórum de Avaliação do ensino remoto e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). Afinal, atravessar a formação sozinho não é possível. Coletivizar as questões e colocá-las em diálogo é o que permite que criemos um caminho próprio para nós, mas sabendo que estamos sustentados pelo coletivo.