Schola Aquitanica (1583): edição bilíngue e comentários à luz da historiografia da linguística

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Melyssa Cardozo Silva dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22330
Resumo: A presente pesquisa, no campo da Historiografia Linguística (HL), a partir dos fundamentos teórico-metodológicos descritos por Pierre Swiggers (2013), tem por objetivo a edição bilingue, inédita em Língua Portuguesa, do documento Schola Aquitanica (Colégio de Guiena, 1583), influente no contexto da educação humanística renascentista francesa e lusitana. A gramática latina de Johannes Despauterius Ninivita, intitulada Commentarii Grammatici (Comentários gramaticais, 1537), foi utilizada no ensino do Colégio de Guiena, no século XVI, sendo o método didático central do Schola Aquitanica. A tradição humanística francesa remonta ao ano de 1441, quando o Colégio das Artes ou Colégio de Gramática, foi criado na cidade de Bordeaux, com a finalidade de preparar estudantes para ingressar em universidades e formá-los em gramática ou artes. No ano de 1534, o Colégio de Guiena recebe um novo diretor: o humanista português André de Gouveia (1497-1548). O gestor remodelou a estrutura educacional, tomando como referência o Colégio de Santa Bárbara, e estabeleceu um regimento escolar, o Schola Aquitanica, publicado por Élie Vinet em 1583. Buscando um ensino próximo dos grandes colégios parisienses, o programa de estudos era baseado na lectio, disputatio e repetitiones e na gramática de Despautério como livro didático para ensino de língua latina. Analisaremos a divisão do ensino gramatical, os conteúdos didáticos estudados no Colégio de Guiena à época de André de Gouveia e o pensamento linguístico no plano de estudos renascentista, que formavam um padrão de ensino que os portugueses compreendiam como modus parisiensis, e influiu na fundação do Real Colégio das Artes de Coimbra em 1548, que contava com os mestres franceses em seu corpo docente inicial