Cultura organizacional e responsabilidade social: um diagnóstico organizacional nas interfaces dos relacionamentos comunitários no entorno numa indústria de grande porte brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: De Bem, Clarissa Goulart
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9065
http://dx.doi.org/10.22409/PSG.2018.mp.94788332000
Resumo: Apesar da constante evolução no que diz respeito ao papel social das empresas na sociedade, as organizações têm reagido em relação a questão da responsabilidade social de forma distintas. Os debates são frequentes e férteis a esse respeito, inclusive na academia. Mas como é possível uma companhia migrar de um posicionamento a outro em responsabilidade social? É nesse contexto que o modelo proposto por Simon Zadek, no qual busca definir como ocorre a aprendizagem dentro de uma organização sobre a implantação da responsabilidade social, destaca-se por abordar um tema no qual, a despeito dos intensos debates, não tem gerado outros modelos, mantendo-se como a referência consagrada entre os estudiosos ao longo dos anos. O presente estudo propõe a aplicação do modelo de Zadek como método de estudo de caso em um indústria de grande porte brasileira, buscando identificar se as características descritas nos cinco estágios da responsabilidade social que podem ser vivenciados dentro das organizações – defensivo, conformidade legal, gerencial orientado à processos, vantagem competitiva e civil – estão presentes no que diz respeito a questão do relacionamento com as comunidades de entorno. Como instrumento de investigação, foram identificados 144 procedimentos formais e documentos públicos da organização no que diz respeito a essa questão, considerando-se esses artefatos como expressões que manifestam a cultura organizacional que vem sendo construída no desenvolvimento desse processo. O tratamento de dados ocorreu por análise de conteúdo. A partir dos resultados das observações sobre como essa indústria tem materializado as experiências e o conhecimento dos colaboradores em procedimentos e declarações de compromissos com a sociedade no relacionamento comunitário é possível aferir a existência de diferentes subculturas (executivos, tecnocratas e operadores) e que elas vivenciam estágios distintos na evolução da aprendizagem organizacional em responsabilidade social ao realizar as interfaces com as comunidades, público considerado estratégico para continuidade dos negócios da empresa. Os resultados gerados por esse estudo constituem um diagnóstico que poderá contribuir para outros estudos futuros que tenham por objetivo elaborar e implementar planos para reduzir a distância entre estágios das diferentes subculturas na aprendizagem organizacional em responsabilidade social.