Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pagano, Andreia Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/23682
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Resumo: |
Estudos recentes sobre caminhabilidade foram produzidos com intuito de alertar para as condições do ambiente construído e a importância da mobilidade ativa nas cidades contemporâneas. Definições de caminhabilidade estão condicionadas à qualidade dos espaços públicos e o quanto esses espaços são aptos para a experiência e deslocamento dos cidadãos. Entretanto, essa qualidade e aptidão não são necessariamente distribuídos de forma homogênea no espaço urbano. Dessa forma, diferentes grupos sociais podem ter privilégios distintos de localização na cidade, impactando seus modos de apropriação do espaço, cotidiano e bem-estar. Investimentos de governos locais em espaços públicos podem ainda influenciar o cenário da caminhabilidade, incluindo a construção de espaços públicos qualificados, a implantação de sinalização viária e mobiliário, ciclovias e ciclofaixas. Entretanto, esses investimentos podem potencializar desigualdades na ação do Estado – fatores que interferem no uso e quantidades de pedestres nas ruas, bem como na vitalidade desses espaços. Este estudo examina a possibilidade de bairros com rendas distintas terem níveis de caminhabilidade também distintos, motivados pela sua localização e rendas médias de seus moradores. Nesse sentido, indicadores de caminhabilidade tornam-se potencialmente úteis para avaliar áreas urbanas, e assim medir a qualidade de seus espaços. A presente pesquisa analisa alguns dos principais índices de caminhabilidade existentes, a fim de verificar os mais referenciados nos estudos sobre mobilidade a pé. Como ponto de partida para criação de um Índice de Caminhabilidade (IC) que considere a relação entre ambiente construído e renda, a dissertação utiliza o índice desenvolvido pelo ITDP Brasil (Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento), mantendo pontos primordiais em relação ao ambiente do pedestre, porém com adaptações no intuito de reduzir o número de indicadores e facilitar sua aplicabilidade. A abordagem proposta envolve o exame da relação entre renda e valores de caminhabilidade obtidos pelo IC, incluindo fatores referentes à qualidade de espaços, acessibilidade e presença de pedestres. O método foi aplicado em três bairros da cidade do Rio de Janeiro, selecionados a partir do seu rendimento nominal mensal (IBGE, 2010), levando em consideração a densidade de área construída (Coordenadoria Geral de Planejamento Urbano – CGPU, 2013). A escolha dos segmentos de rua de cada bairro incluiu diferentes níveis de acessibilidade, mensurados via ferramentas de análise da Sintaxe Espacial (SE). A análise de campo envolveu também a contagem de pedestres (CP). Através de correlações entre os dados, o estudo aponta aspectos de baixa caminhabilidade em bairros com alta renda, evidenciando a complexidade do ambiente construído para se caminhar. Sugere ainda a necessidade de avaliar a acessibilidade urbana em um sentido mais amplo, como possível influência no desejo e facilidade de deslocamento a pé pela cidade. |