Até que o defunto autor Brás os destrone : uma leitura de memórias póstumas de Brás Cubas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Frederico Chevrand Pagnuzi dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9718
Resumo: Através da leitura do romance Memórias póstumas de Brás Cubas, publicado por Machado de Assis em 1881, analiso a figura de Machado de Assis como o autor primário e o defunto-autor Brás Cubas como o autor secundário, conforme perspectiva bahktiniana. A categoria de defunto- autor está vinculada à tradição dos diálogos dos mortos, que remonta à sátira menipeia e Luciano de Samósata. Ao receber o poder de criação das mãos de Machado, o finado Brás assume uma nova identidade, uma vez que cria e narra do espaço da campa e, com isso, pode livremente desmascarar a todos em suas memórias. Penso em tal procedimento como herança da cosmovisão carnavalesca que é o norte para o destronamento dos marginalizados (Eugênia, Marcela e Dona Plácida) e da aristocracia (Virgília, o pai do finado, Brás vivo e o Brás morto). Criticar, desmascarar, destronar, cada passo de destruição marca a construção de um defunto autor que fica para a história do romance