Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Maria, Leonardo dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/27387
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Resumo: |
A produção agrícola mundial passa por um grande desafio: alimentar um contingente populacional crescente a cada dia. O aumento da produção pode se dar de duas formas: via aumento de área cultivada ou via aumento da produtividade. Ampliar a área de cultivo, hoje não é visto com bons olhos, pois se preconiza a conservação dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável. A saída é então elevar-se a produtividade, o que também pode ser feito reduzindo-se as perdas ao longo das cadeias produtivas. Os grãos representam as principais fontes alimentares para os seres humanos, seja indiretamente, pelo consumo de animais que foram alimentados com os mesmos, ou pelo seu consumo direto e de seus derivados. Um dos fatores que compromete a qualidade dos grãos, acarretando perdas, é o desenvolvimento de fungos durante o armazenamento. Esses fungos podem produzir substâncias nocivas aos seres humanos e aos animais que consomem produtos contaminados, estas são denominadas micotoxinas, o que faz do seu controle uma preocupação tanto do ponto de vista econômico, quanto de saúde pública. Nesse sentido, os óleos essenciais surgem como uma alternativa natural para o controle desses fungos, em detrimento dos fungicidas sintéticos, amplamente utilizados na atualidade. Esse trabalho objetivou avaliar o efeito inibitório dos óleos essenciais (OE) de laranja-doce (Citrus aurantium L. subesp. dulcis) e hortelã (Mentha spicata L.) no desenvolvimento de fungos das espécies Aspergillus flavus e Aspergillus brasiliensis em grãos de milho armazenado, para propor uma tecnologia ambiental para o controle fúngico. Realizouse a identificação dos principais componentes dos OE, por meio de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas, constatando que o Limoneno e a Carvona foram os principais compostos encontrados no OE de M. spicata, e no OE de C. aurantium o componente majoritário foi o Limoneno. Foram realizados também testes in vitro, por difusão em ágar, com as dosagens 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5 e 3,0 µL/mL de OE de M. spicata, e 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 4,0; 6,0; 8,0 e 10 µL/mL de OE de C. aurantium, avaliando a atividade antifúngica no decorrer do tempo, sendo utilizado o Teste de Scott-Knott a 5% de significância para análise dos resultados. O OE de M. spicata se mostrou mais eficiente que o OE de C. aurantium, uma vez que em dosagens 2,0 µL/mL para o A. flavus e 2,5 µL/mL para o A. brasiliensis já houve completa inibição, enquanto para o OE de C. aurantium para os mesmos microorganismos constatou-se inibições inferiores a 50% ao fim do experimento. Foram realizados testes in vivo em grãos de milho, previamente contaminados, simulando condições de armazenamento, com o OE de M. spicata (1,25, 2,50 e 5,00 µL/mL), verificando-se uma maior inibição do A. flavus, frente ao A. brasiliensis. A aplicação do OE de M. spicata, no que tange a produção de aflatoxinas totais, se mostrou eficaz para o A. brasiliensis até a dosagem 2,5 µL/mL, enquanto que para o A. flavus não se observou diferença estatística significativa entre as dosagens do OE. |