Em nome da ordem: o Jornal do Commercio a as batalhas da abolição

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Roger Anibal Lambert da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói, RJ
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13894
Resumo: Nosso objeto de estudo na presente tese é a atuação do Jornal do Commercio no processo da abolição, no âmbito de distintas conjunturas políticas, a saber: os debates a respeito da libertação dos sexagenários, durante o ministério Dantas; acerca das fugas em massa de escravos e da radicalização do abolicionismo, durante o ministério Cotegipe; e sobre o significado do 13 de Maio, durante o ministério João Alfredo. Através da análise de editoriais e de artigos da seção “Publicações a pedido”, procuramos conferir atenção às representações veiculadas no Jornal do Commercio, em diálogo com alguns periódicos que circulavam naquelas conjunturas, situando-o no âmbito das batalhas políticas em que se disputava a melhor forma de encaminhamento da extinção da escravidão, bem como analisando a sua posição em relação aos governos, aos proprietários de escravos, ao movimento abolicionista e aos escravos e futuros libertos. Argumentamos que o Jornal do Commercio – através das retóricas da prudência, da ameaça e da dádiva, mobilizadas, respectivamente, nas diferentes conjunturas supracitadas – teve uma participação ativa no processo da abolição, atuando sempre em nome da ordem: política, social e, sobretudo, econômica. Em termos historiográficos, argumentamos, especialmente, que as batalhas políticas pela representação do abolicionismo e das fugas dos escravos sugerem a necessidade de repensarmos a já tradicional e cristalizada perspectiva segundo a qual aquele contexto era marcado por um pânico geral diante da insurreição dos escravos