Caracterização molecular do circovírus suíno tipo 2 e torque teno vírus no estado do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Fluminense
Niterói |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/6256 |
Resumo: | Na suinocultura moderna, um dos objetivos mais importantes é otimizar ao máximo a eficiência biológica dos animais. Um dos fatores que dificultam alcançar esse objetivo é a ausência de saúde; desse modo, o conhecimento das afecções que afetam os suínos é primordial nos sistemas produtivos. Dentre os vírus que merecem atenção estão o circovírus suíno tipo 2 (PCV-2) e o torque teno vírus suíno (TTSuV). Esses agentes já foram identificados em vários estados brasileiros, mas até o momento não existem dados sobre quais variantes de PCV-2 e TTSuV 1 e 2 estão circulando em suínos no estado do Rio de Janeiro. O objetivo desse trabalho foi realizar a detecção e caracterização molecular de PCV-2 e TTSuV 1 e 2 em amostras de sangue provenientes de granjas de suínos, comerciais e não comerciais, de diferentes regiões do estado do Rio de Janeiro, além de procurar uma associação entre a presença dos vírus e fatores como sinais clínicos dos animais, fases de produção e características das granjas. Após a extração do DNA viral das amostras, foi realizada a nested-PCR com pares de iniciadores que amplificaram um fragmento de 225 pb do gene que codifica a proteína do capsídeo (Cap) do PCV-2, e a PCR com pares de iniciadores que amplificaram fragmentos de 309 pb e 252 pb da região não codificante (UTR) dos TTSuV-1 e TTSuV-2, respectivamente. Com a amplificação foi possível detectar o genoma do PCV-2 em 64/257 amostras estudadas. A análise de 30 sequências do PCV-2 obtidas a partir da amplificação parcial do gene que codifica a proteína de capsídeo permitiu caracterizar dois genótipos (PCV-2a e PCV-2b) que cocirculam na população de suínos no estado. As amostras também foram submetidas à análise filogenética, observando-se a formação de dois clusters distintos, além de um subcluster formado pelo protótipo do genótipo 2d e três amostras deste estudo. A reação de PCR utilizando o gene que codifica para a UTR permitiu detectar a presença dos TTSuV 1 e 2 em 98/257 e 109/257 das amostras, respectivamente. Através do sequenciamento e da análise filogenética dos TTSuVs foi observada a formação de dois clusters distintos com a cocirculação de dois genótipos principais para cada espécie, TTSuV 1a e 1b e TTSuV 2a e 2b. Em relação às fases de produção, houve associação estatisticamente significativa entre o PCV-2 e a recria (p=0,003) e a terminação (p=0,0005). A presença do vírus foi estatisticamente significativa nas granjas comerciais (p=0,000). Não foi observada a associação entre a presença do PCV-2 e os sinais clínicos dos animais, nem mesmo com a distribuição geográfica das propriedades. Em relação à presença do TTSuV não foi observada a associação entre estes e a distribuição geográfica das propriedades. Quanto à fase de produção, a associação entre a presença do TTSuV-2 e a creche foi significativa (p=0,009). A presença do TTSuV-1 foi estatisticamente significativa (p=0,015) nos animais com sinais multissistêmicos. As coinfecções foram detectadas em 83/257 amostras testadas. Animais coinfectados apresentaram uma baixa significativa no peso, sugerindo que atraso no ganho de peso necessitam de um diagnóstico diferencial de PCV-2 e TTSuV e medidas de controle e prevenção da circulação desses agentes nas propriedades, devem ser adotadas. |