Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Nicole Cleidiane Kinupp de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/37288
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Resumo: |
O acesso às ações e serviços de saúde mental (SM) na atenção primária à saúde (APS) envolve necessidades, demandas, oferta de serviços, satisfação dos usuários e qualidade da assistência, além de aspectos relativos à população atendida. Fatores demográficos, geográficos, econômicos, funcionais e culturais podem influenciar o acesso das pessoas aos serviços de saúde, interferindo na continuidade da atenção em SM. Considerando o aumento expressivo da demanda de atendimentos por sofrimento psíquico a partir da pandemia de covid-19, este estudo teve como objetivo principal compreender as percepções de profissionais das equipes de saúde da família (eSF) e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF, hoje equipe e-Multi), quanto às ações e serviços de SM na APS do município de Resende/RJ. Tratou-se de estudo qualitativo descritivo e de natureza aplicada, realizado por meio de entrevistas semiestruturadas junto a médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde das eSF (n=11) e com psicólogos do NASF (n=6). Após a transcrição das entrevistas, as falas foram analisadas a partir dos princípios da hermenêutica-dialética, dando origem a quatro eixos temáticos: organização e processo de trabalho das equipes de SM na APS; avaliação do cuidado em SM na APS; desafios e barreiras de acesso na atenção em SM; e, avanços e possibilidades de melhorias no cuidado em SM na APS. Como resultados, identificou-se a existência de um fluxo de serviço estabelecido, com o acolhimento ao usuário realizado principalmente por enfermeiros e agentes comunitários de saúde; o direcionamento do cuidado para psicólogos; e a existência de um fluxo de referenciamento. Estes fatores foram associados à diminuição de encaminhamentos para atenção especializada; às melhorias dos processos de trabalho; ao fortalecimento das equipes; à aquisição de saberes entre profissionais; e, à diminuição do estigma e da sobrecarga familiar. Contudo, os entrevistados identificaram a necessidade reorganizar os serviços; intensificar atividades coletivas em saúde; fortalecer as equipes; aprimorar a formação dos profissionais por meio de educação permanente em saúde; cuidar dos cuidadores; e, revisar o fluxo de atendimento em SM do município. Como forma de atender à demanda identificada propõe-se a criação da série “Cuidado em SM na APS”, formada por uma coletânea de materiais instrucionais (texto, vídeo e podcast) abordando as dificuldades vivenciadas pelos entrevistados. Este produto técnico foi direcionado aos profissionais da APS, com o intuito de orientá-los e de sensibilizá-los para a posterior (re)formulação do fluxo de atendimento em SM do município. A partir deste estudo, entende-se que a ampliação do acesso e da qualificação do cuidado em SM depende da readequação dos serviços oferecidos e da revisão do fluxo de atendimento aos usuários em sofrimento psíquico, considerando os saberes, as práticas e as percepções dos profissionais que atuam na APS. Ações de educação continuada e permanente em saúde poderão contribuir para manejar as limitações identificadas e para fortalecer o cuidado integral aos usuários com sofrimento psíquico no território. |