A literatura em cena: Woody Allen leitor de Dostoiévski

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lucas, Paulo Roberto Mendonça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21774
Resumo: O objetivo deste trabalho é investigar, a partir de uma perspectiva bakhtiniana, de que maneira Woody Allen (1935 –), em obras cinematográficas como Crimes e pecados (1989), Match point (2005) e Homem irracional (2015), relê algumas das principais temáticas presentes nas narrativas de Fiódor Dostoiévski (1821 - 1881), sobretudo Crime e castigo (1866). No primeiro capítulo, analiso as diferentes manifestações de liberdade em Dostoiévski e Woody Allen; explico os motivos pelos quais os filmes do diretor americano são “impuros”, na acepção do termo proposta por André Bazin. Além disso, discuto a relação entre o cinema de Woody Allen e o universo literário. No segundo capítulo, investigo as múltiplas representações do real a fim de compreender o papel do romance e do cinema de caráter realista ao longo dos séculos XIX e XX; exploro a importância do espaço urbano, notadamente São Petersburgo e Nova York, na literatura e cinematografia dos artistas em questão; em seguida, observo a afinidade que as obras de Dostoiévski e Woody Allen mantêm com o texto dramatúrgico. No terceiro e último capítulo, demonstro de que modo o conceito de “revolta” proposto por Albert Camus se manifesta nos textos estudados. Ademais, destaco outros diretores de cinema que, assim como Woody Allen, se dedicaram a adaptar/reler os romances do autor de Crime e castigo. Finalmente, argumentando em favor da arte como ferramenta para compreensão crítica da realidade, defendo a ideia de que a literatura de Dostoiévski e o cinema de Woody Allen podem ser considerados incontornáveis