Marx e a crítica ontológica: uma comparação entre a ideologia alemã e o capital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Monfardini, Rodrigo Delpupo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37009
Resumo: O objetivo deste trabalho é defender a hipótese de que existe um caráter análogo no procedimento de análise adotado nas obras A Ideologia Alemã e O Capital, e que esse procedimento pode ser descrito pelo que o pensador húngaro György Lukács chama de crítica ontológica. Como a crítica ontológica se caracteriza por colocar como momento prioritário não a crítica de distorções ou incorreções lógico-gnosiológicas de uma teoria, mas a crítica das bases ontológicas dessas distorções, tal procedimento crítico só se justifica se forem identificados mecanismos reais que gerem essas distorções. Portanto, para cumprir o objetivo principal de provar a primazia da crítica ontológica em A Ideologia Alemã e O Capital, é necessário cumprir o objetivo secundário de demonstrar que nessas duas obras é afirmada a existência de um mecanismo social que gera distorções nas teorias, mecanismo que Marx e Engels chamam de estranhamento. Em síntese, neste trabalho defendemos que, ao afirmar-se a existência do estranhamento, uma exigência é um procedimento analítico que leve em consideração essa característica. Esse procedimento é chamado por Lukács de crítica ontológica, e está presente em A Ideologia Alemã e em O Capital.