Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Natânia Candeira dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/35189
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Resumo: |
O presente estudo se trata de um Trabalho de Conclusão de curso de Mestrado Profissional em Ensino na Saúde, inserido no Núcleo de Pesquisa Trabalho, Saúde e Educação (NUPETSE) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa. O objeto estudado foi a educação permanente em saúde como estratégia de promoção da saúde mental para docentes de magistério superior em uma Universidade Federal no estado do Rio de Janeiro. Objetivo geral: Utilizar a educação permanente com professores de magistério superior na elaboração de processos e produtos de ensino como estratégia facilitadora para a promoção da saúde mental. Objetivos específicos: 1) avaliar a saúde mental positiva dos docentes através do questionário de saúde mental positiva; 2) identificar as estratégias utilizadas pelos docentes para a promoção da saúde mental; 3) elaborar, junto aos trabalhadores, processos e produtos de ensino que sensibilizem para a promoção da saúde mental. Método: Pesquisa Convergente Assistencial. O cenário de estudo foi a Escola de Enfermagem de uma Universidade Federal localizada no município de Niterói, Rio de Janeiro, e os participantes da pesquisa foram os docentes que atuam nesse local. A coleta de dados se deu mediante a aplicação de um questionário de saúde mental positiva de Lluch-Canut, junto a um questionário semiestruturado para caracterização dos participantes e perguntas sobre a promoção da saúde mental. Posteriormente, houve a realização de entrevistas conversação individuais seguindo a problematização pelo Arco de Maguerez. A primeira etapa de produção de dados aconteceu de outubro a dezembro de 2021, e a segunda etapa de maio a junho de 2022. Os dados produzidos têm como guia a perspectiva teórica de Michel Foucault e Paulo Freire. Os dados coletados na primeira etapa foram analisados por medida de frequência simples e análise de conteúdo de Bardin. Emergiram três categorias no estudo, a saber: Saúde mental positiva; Cuidados pessoais em saúde mental; e Promoção da saúde no trabalho: perspectivas e possibilidades. Além das categorias, foi inserido na discussão um item relacionado aos dados obtidos pela entrevista conversação, nomeado de entrevistas conversação: uma partilha através do diálogo. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com o CAAE: 49377721.5.0000.5243. Resultados: Quanto à avaliação da saúde mental positiva, os participantes foram enquadrados, em sua maioria, em um nível alto. Estes mesmos participantes não procuram atividades de promoção da saúde mental no trabalho, pois afirmam que não dispõem de tempo, uma vez que as sobrecargas e a própria instituição minam a participação. Os participantes refletiram e discutiram sobre as relações interpessoais, reforçando aspectos direcionados às relações de poder, desvalorização e não pertencimento, por exemplo, que também atuam como interferências importantes para a concretude da promoção da saúde mental. Discussão: A partir dos dados foi possível a elaboração de três pilares essenciais: a saúde mental positiva como a forma de olhar os sentimentos e as emoções, além dos modos de se adaptar perante os contratempos diários; os cuidados pessoais para a promoção em saúde mental, relacionados às estratégias e ações que os trabalhadores utilizam habitualmente para promover saúde, pensando nos aspectos relacionais ao cuidado de si e também na relação do indivíduo com a coletividade; e a promoção da saúde mental no cotidiano do trabalho, momento em que se discutiu mais intensamente as relações poder, a sensação de não pertencimento e de desvalorização, que junto às condições institucionais, dificultam uma viabilidade palpável para a promoção da saúde mental. Considerações finais: Foi possível discutir com os participantes sobre questões singulares relacionadas à saúde mental e trabalho que fazem parte do cotidiano das práticas. Dessa forma, foi elaborado um guia de acolhimento para o docente que tem como intuito, além de instigar para a promoção da saúde mental, ser uma medida de conforto e acolhimento. Junto a isso, foi planejada a construção de uma rota de promoção da saúde na universidade, como uma forma dos indivíduos poderem traçar rotas favoráveis ao cuidado pessoal e também no auxílio a outros colegas. Estes dois produtos contribuem, neste estudo, como uma abertura para a construção de ferramentas que possibilitem promover saúde mental. A reflexão com os profissionais sobre os possíveis impactos que o trabalho pode gerar na saúde mental possui uma riqueza de pensamentos, reflexões e de um caminhar conjunto mais consciente e sensível para a necessidade da busca por melhorias. |