O que habita em meus cabelos ? A relação com o cabelo crespo como possível disparador do processo de descolonização e afirmação do amor à negritude

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Mattos, Mayara Marins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37563
Resumo: Destaco o cabelo como um elemento marcante da expressão da negritude, e o afeto e cuidado com ele como uma posição de luta ao racismo. As narrativas que incitam esse trabalho surgiram do questionamento “Por que a relação com o meu cabelo faz com que eu me maltrate tanto?" e depois “Por que o racismo faz com que eu maltrate meu cabelo e meu corpo?”. A pesquisa tem por objetivo apontar como o racismo atravessa a relação da mulher preta com o cabelo crespo na contemporaneidade e analisar as manipulações do cabelo afro , antes e depois do processo de descolonização e da internalização do amor à negritude. Para tanto utilizo a escrevivência de Conceição Evaristo como aposta metodológica para construir esse texto, uma escrita que não se esgota em si, e a se contrapõe ao texto convencional. A relação com o cabelo pode ser um possível disparador da descolonização e essa relação é atravessada pelos fatores raça e gênero. Armar nossos cabelos, amar nossa negritude e agenciar nossos recursos, como a escrita, é (re)existir e reafirmar nossas potências. Em meus cabelos habitam força e ancestralidade.