Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Souza, Márcia Cristina Salomon de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/37536
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Resumo: |
O arcabouço jurídico brasileiro assegura o direito à educação inclusiva, determinando que alunos com deficiência sejam matriculados em escolas regulares. No entanto, essa normativa, por si só, não garante sua efetiva aplicação. Quando alunos com deficiência, que são sujeitos de direitos, são inseridos no ensino regular sem as condições adequadas para inclusão, ocorre uma exclusão disfarçada de inclusão. Escolas inclusivas devem adotar práticas pedagógicas que atendam às necessidades de todos os alunos, promovendo um ambiente sem discriminação. O objetivo geral desta pesquisa é analisar se a estratégia pedagógica inovadora e original do projeto pedagógico inclusivo “Um amigo para chamar de seu”, por meio da mediação pedagógica por pares com interação criança-criança, contribuiu para a promoção de um ambiente escolar inclusivo na Escola Municipal Pedro Ernesto (EMPE), entre outubro de 2022 e dezembro de 2023. Quanto à metodologia, a investigação foi desenvolvida sob o paradigma qualitativo, por meio do método da pesquisa-ação. Para a coleta de dados, utilizaram-se observação participante, análise documental, escuta ativa dos participantes, diário de campo, entrevistas e questionários semiestruturados. O projeto promoveu a mediação entre os alunos, com base na Escola da Ponte e na de mediação pedagógica por pares, incentivando o protagonismo infantil. Por meio da interação, os alunos tornam-se agentes de seu aprendizado, desenvolvendo autonomia, cooperação e responsabilidade social, em uma comunidade inclusiva e com respeito à diversidade. Como principais resultados do projeto, observou-se um significativo desenvolvimento de competências socioemocionais dos alunos, como empatia, colaboração, respeito às diferenças, autoestima e autoconfiança. O estudo mostrou que a mediação entre estudantes, incluindo alunos com deficiências, promoveu habilidades sociais, autonomia, responsabilidade e resolução de problemas. Os alunos mediadores atuaram como intérpretes e criaram tecnologias assistivas, facilitando a integração social de colegas com deficiências. Além disso, eles ajudaram a manter a autorregulação desses alunos em situações desafiadoras. Já os alunos mediados sentiram-se acolhidos e parte de um grupo, desenvolvendo habilidades cognitivas, motoras e sociais em um ambiente seguro e colaborativo. A tutoria entre pares, com as mesmas idades e linguagens, proporcionou previsibilidade e segurança, criando vínculos mais fortes e um ambiente inclusivo e de apoio mútuo. O produto desta pesquisa acadêmica foi o desenvolvimento de um e-book com orientações para replicar, em outras escolas, as estratégias de mediação pedagógica por pares com interação criança-criança adotadas na EMPE, a fim de publicizar e disseminar os conhecimentos gerados. |