O efeito da talidomida sobre a carcinogênese cutânea experimental em camundongos BALB/c

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Borges, Luciana Valente
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9961
Resumo: O modelo de carcinogênese cutânea em camundongos tem sido historicamente empregado para investigar a patogênese e terapêutica do câncer. Neste trabalho foi utilizado este modelo clássico com a finalidade de se avaliar o potencial da talidomida como agente anti-carcinogênico em camundongos BALB/c. Os animais foram divididos em quatro grupos experimentais: 1) dimetilbenzantraceno (DMBA), indutor da carcinogênese (diluído em acetona), 2) DMBA + talidomida (diluída em dimetil sulfoximide - DMSO), 3) DMBA + DMSO e 4) Acetona. Estes animais foram subdivididos em dois experimentos, no experimento 1 os camundongos receberam talidomida concomitantemente com a indução da carcinogênese e no experimento 2 os camundongos receberam talidomida após o aparecimento de lesões tumorais. O peso corporal dos animais foi acompanhado uma vez por semana. O sacrifício foi realizado após 14 semanas (experimento 1) e 22 semanas (experimento 2). Os tumores cutâneos foram removidos, foi realizada análise histopatológica, e imunohistoquímica para avaliar o processo de angiogênese, o qual foi mensurado em áreas de hot spot utilizando-se o anticorpo anti-fator VIII antígeno endotelial marcador da proliferação vascular). Todos os animais desenvolveram lesões cutâneas tumorais múltiplas variando de papilomas a carcinomas de células escamosas, incluindo o grupo tratado com talidomida. No experimento 1 a talidomida inibiu o número total de tumores por camundongo, além de induzir uma diminuição no grau de malignidade das lesões tumorais presentes. No experimento 2 todas as lesões foram malignas. A talidomida não foi capaz de inibir a angiogênese tumoral nem a perda de peso em nenhum dos dois experimentos. Com bases nestes resultados podemos concluir que a talidomida tem efeito benéfico na prevenção da malignização dos tumores, porém este efeito não se deve à inibição da angiogênese, Além de parecer ineficaz quando administrada a camundongos com lesões malignas já estabelecidas