“Atura ou surta, pois nós estamos vivos" : jovens poetas e a experiência do Slam em Juiz de Fora-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Lilian Aparecida de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33593
Resumo: Poetry slam ou apenas slam é uma competição global de poesia falada que articula diferentes sujeitos de distintas corporeidades e escalas espaciais. No Brasil, encontrou a terra fértil por outras manifestações da cultura periférica e reverberou socioespacialmente através da ação dos jovens poetas periféricos nas ruas e nas redes sociais, chegando a Juiz de Fora. Na cidade mineira, o slam se enraizou de forma rápida e intensa, despertando o interesse em discutir sobre como isso ocorreu. Diante desse contexto, o objetivo deste trabalho foi construir um panorama da cena do slam em Juiz de Fora, através da elaboração de uma cartografia que permitisse conhecer a transformação das experiências poéticas e políticas de apropriação e uso da cidade pelos jovens poetas periféricos. Para tanto, a metodologia contou com pesquisa bibliográfica, documental e observação participante. Buscou-se apreender a experiência geográfica do slam através do corpo e da presença, se aproximando dos aspectos que possibilitassem perceber as experiências estéticas e políticas desencadeadas pela competição poética na cena cultural juiz- forana entre 2018 e 2022 e na vida dos jovens que a fazem acontecer. A proposta adotada foi entrelaçar as espacialidades criadas, os poemas declamados e os afetos desencadeados no participar destes eventos com a produção de mapas que localizassem cada uma das edições do slam na cidade. Como resultado, pôde-se afirmar que o slam foi ressignificado no Brasil, se conformando em um democrático movimento poético-político-performático negro que ocupou o centro e bairros de todas as regiões de Juiz de Fora, ampliando as experiências juvenis dos jovens poetas periféricos e tensionando a memória e a organização hegemônica da cidade.