Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Luiz Augusto de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/30024
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Resumo: |
Protagonizadas pela classe trabalhadora, as experiências históricas de ocupação de terras, fábricas e escolas têm sido, em geral, acompanhadas por reivindicações de melhores condições de moradia. Partindo da premissa de que a questão da habitação é um elemento fundamental para a garantir existência humana, o objetivo da pesquisa é analisar processos de ‘ocupação’ do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), entendidos como experiência de classe e como mediação na formação política de homens e mulheres que integram a parcela mais precarizada da classe trabalhadora. Nossa hipótese é de que, além da satisfação imediata de saciar a fome e/ou ter um teto para morar, as relações pedagógicas vividas, sentidas e partilhadas nos espaços de ocupação do MTST contribuem para a satisfação de necessidades humanas como afeto, proteção, participação política, entendimento, ócio, como também potencializam a organização da luta coletiva. São identificados os objetivos políticos e as estratégias dos movimentos sociais de luta por moradia no Brasil, ocorridas entre 2014 e 2022, e em particular do MTST. Por meio de intenso trabalho de campo, e à guisa de uma pesquisa militante fundamentada no materialismo histórico e dialético, evidenciamos as relações pedagógicas tecidas em espaços de ocupação do MTST, tais como assembleias, atos e principalmente, nas Cozinhas Solidárias, destacando os desafios políticos e educativos para potencializar a criação de germes da vontade coletiva de transformar o mundo. Entendidas como processo e por tanto, síntese provisória das relações de convivência entre militantes, ocupantes e militantes/ocupantes, identificamos que as relações pedagógicas favorecem a satisfação de diversas necessidades humanas, potencializando a formação da coletividade e o ‘fazer-se’ de homens e mulheres como classe trabalhadora. Transitando entre concepções e práticas de solidariedade humana e solidariedade de classe, essas experiências de classe remetem-nos ao princípio educativo do trabalho de ocupar. |