Inquérito on-line para caracterização do cuidado farmacêutico em unidades de terapia intensiva a nível nacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mascarenhas, Camile Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22932
http://dx.doi.org/10.22409/PPGSC.2020.m.12637982764
Resumo: A resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária nº 7 de 24 de fevereiro de 2010, que dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), prevê que a assistência farmacêutica à beira leito deve ser garantida e integrada às demais atividades assistenciais prestadas ao paciente. O objetivo deste estudo foi caracterizar o cuidado farmacêutico prestado nas UTI dos hospitais brasileiros. Trata-se de um estudo observacional seccional por meio de inquérito on-line com farmacêuticos atuantes em UTI há mais de 3 meses consecutivos, que consistiu em três etapas. O questionário de coleta de dados foi validado por quatro membros da equipe de pesquisa, especialistas e com experiência na área, representantes de quatro regiões do país, por meio da técnica Delphi em duas rodadas para obtenção de consenso. No estudo piloto foi avaliado o tempo de preenchimento do questionário e a plataforma eletrônica, o cognito forms. A coleta ocorreu durante 106 dias em 2019 e o link foi divulgado em mídias sociais e por e-mail. A análise descritiva dos dados foi realizada, usando a interface R-Studio. Dos 163 farmacêuticos que responderam ao questionário, a maioria foi do sexo feminino, cor da pele branca, mulheres com menos de 37 anos de idade, graduados há menos de 10 anos, com pós-graduação e atuação inferior a 3 anos em UTI, sem qualificação específica. Celetistas, com carga horária superior a 40 horas semanais, diaristas. Os hospitais eram gerais e de grande porte, localizados no Sudeste, entidade mantenedora privada, de ensino e pesquisa. As UTI eram voltadas a pacientes adultos, com equipe multiprofissional permanente e rounds de segunda a sexta-feira. Quanto à estrutura, as farmacêuticas, na sua maioria, não eram exclusivas da UTI, cuidavam de 17 leitos e prestavam o cuidado em 5 dias na semana. Possuíam acesso a computador compartilhado, às prescrições, evoluções e exames laboratoriais, em sistema informatizado. Quanto aos processos, participavam dos rounds de segunda à sexta-feira, realizavam avaliação farmacêutica, conciliação de medicamentos, revisão da farmacoterapia e acompanhamento farmacoterapêutico, forneciam informações sobre medicamentos à equipe, realizavam ações de farmacovigilância e evolução em prontuário no sistema informatizado. Quanto aos resultados, realizavam 3 intervenções farmacêuticas por dia com médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem; nas etapas de conciliação e prescrição, aprazamento, preparo de medicamentos e administração e monitoravam 4 indicadores, porém de forma não estruturada, padronizada ou cientificamente embasada. O presente inquérito foi capaz de caracterizar o cuidado farmacêutico prestado em UTI brasileiras e poderá servir de base para definição e aprimoramento de parâmetros de estrutura, processo e resultado e para a avaliação de serviços farmacêuticos realizados em UTI