Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Canellas, Bruna Garcia da Cruz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/25884
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Resumo: |
Em março de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a situação de saúde pública causada pelo COVID-19 como uma pandemia. Alguns estados, como Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, anunciarem medidas para conter a disseminação do vírus como o fechamento de vários estabelecimentos, como as escolas. Incertezas, angústias, medo, a sensação de um novo desafio, foram alguns dos sentimentos compartilhados por professores, eu inclusa, em eventos para se discutir a pandemia. Após uma pesquisa exploratória, fui tocada pelas vivências de uma professora que atua na rede estadual pública do Rio de Janeiro, e percebi que queria explorar os outros professores dessa instituição, por ser um local que eu mesma tive experiências que me trouxeram até este momento do mestrado. Sendo assim, o objetivo geral deste trabalho foi: compreender como os aspectos da pandemia do COVID-19 impactaram a percepção de ser/estar professor dos docentes que atuam no ensino médio da rede estadual pública do Rio de Janeiro. Para os objetivos específicos pretendi: Perceber as alterações na relação professor-aluno; identificar quais mudanças tivemos no papel do professor; entender como mudou sua percepção de ser/estar professor; identificar quais estratégias os professores estão usando para atuar durante a pandemia. Utilizei o método da entrevista compreensiva (KAUFFMANN, 1996) para nortear este trabalho, uma metodologia qualitativa em que a coleta de informações é evidenciada para a reconstrução do discurso, permitindo uma análise aprofundada da subjetividade, envolvendo a questão central do tema pesquisado. Para discutir sobre o espaço escolar, trabalho docente e pandemia, utilizo Dayrell (1996), Freire (2003), Guizzo (et al., 2020), entre outros autores; e para discutir sobre as vivências dos professores utilizo Jerebtsov (2014), que disserta sobre as pesquisas científicas contemporâneas sob a visão da teoria histórica cultural de Vigotsky. O que encontrei na Escola X foram professores engajados na proposta de (re)estabelecer conexões com os alunos para além da mera aprendizagem, mesmo com as dificuldades estabelecidas pela pandemia da COVID-19. Estas (re)conexões tentaram ser construídas a partir da prática de autonomia, mas também a partir de um sentimento genuíno de afeto ao se importar com a vida dos seus alunos. Percebemos que é neste processo de questionar-se sobre seu papel, e seu ser ou estar professor, que observamos um impacto profundo dessas mudanças que vinham ocorrendo de maneira gradativa no cotidiano do docente e que a pandemia escancarou. |