Peptideogalactomananas da parede celular de isolados animal e humano de Histoplasma capsulatum: aspectos imunológicos e filogenéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Freitas, Giulia Maria Pires dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13000
http://dx.doi.org/10.22409/PPGMPA.2019.d.12862087777
Resumo: A histoplasmose é uma micose sistêmica causada pelo fungo termodimórfico Histoplasma capsulatum var. capsulatum. Este micro-organismo é prevalente nas Américas, sendo encontrado no solo contaminado com fezes de morcegos e aves. Essa doença é umas das mais reportadas como causa de morbidade e mortalidade entre indivíduos imunossuprimidos, pois os medicamentos ministrados para conter a infecção geralmente tem pouca eficácia nessa população. A parede celular é uma estrutura essencial para os fungos, uma vez que mantém a viabilidade e morfologia celular, além de proteger a célula fúngica contra danos mecânicos. Na sua porção mais externa, apresenta moléculas glicosiladas que estão envolvidas em importantes funções biológicas relacionadas com a virulência e a patogenicidade, além de ser uma fonte significante de antígenos. Visto a importância destas moléculas, este trabalho teve o objetivo de caracterizar quimicamente peptideopolissacarídeos extraídos da parede de células leveduriformes de dois isolados de H. capsulatum, avaliando o possível envolvimento desses antígenos na modulação da resposta imune do hospedeiro. Nossos resultados demonstraram que os peptideopolissacarídeos extraídos e purificados da parede celular de ambos os isolados de H. capsulatum são compostos, majoritariamente, por galactose e manose, sugerindo uma galactomanana. No presente trabalho, analisamos também a reatividade destas moléculas frente à soros de pacientes com histoplasmose, onde observamos que há reatividade destes soros com ambas as moléculas estudadas, entretanto as peptideogalactomananas proveniente do isolado animal é significativamente mais reativo em comparação ao isolado clínico. Como as moléculas estudadas são compostas por partes proteicas e de carboidratos, foi realizado um ELISA utilizando as moléculas tratadas com m-periodato de sódio e proteinase K. Foi observado a importância de ambos os epítopos para a reatividade da molécula, porém com uma predominância da parte composta por açúcares. Em experimento “in vitro”, foi demonstrado que ambas as moléculas são capazes de inibir a endocitose e fagocitose de H. capsulatum pela linhagem celular A549 e macrófagos peritoneais de camundongos C57BL/6. Já “in vivo”, os camundongos C57BL/6 foram estimulados com as peptideogalactomanas de H. capsulatum, para a realização da quantificação de citocinas, onde observou-se um predomínio da secreção de citocinas pró-inflamatórias. Os estudos sobre as peptideogalactomananas são importantes, pois podem contribuir para o conhecimento dos possíveis mecanismos envolvidos na interação do fungo patogênico com o hospedeiro.