Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Simone Saraiva de Abreu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/34715
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Resumo: |
Introdução: A síndrome da Zika congênita (SZC) pode estar presente em crianças expostas ao vírus Zika (ZIKV) na gestação, caracterizando-se principalmente por microcefalia, artrogripose, anormalidades oftalmológicas, auditivas e de neuroimagem, porém, ainda questiona-se a maior expressão da infecção após os dois anos de idade. Objetivos: Avaliar e descrever as manifestações neurológicas e o desenvolvimento neuropsicomotor das crianças expostas ao ZIKV na gestação além de correlacionar com os dados clínico-epidemiológicos da infecção materna e com o perfil de neurodesenvolvimento a fim de delimitar o espectro do acometimento neurológico nessas crianças ao longo do tempo para alcançar maior ganho evolutivo. Métodos: Este estudo observacional, longitudinal e prospectivo inclui uma série de casos, com análise da segunda etapa de seguimento neurológico de 45 crianças expostas ao ZIKV entre 24 meses e 48 meses de idade em um hospital terciário de Niterói, Brasil. Resultados: A população dividiu-se em 26 casos confirmados por meio de exame laboratorial padrão-ouro ao ZIKV, o RT-qPCR e 19 casos prováveis. A maioria das mães apresentou história de exantema durante a gestação, com predomínio deste sinal clínico no primeiro trimestre, além da microcefalia ter sido mais frequente neste período gestacional. O Teste Denver II identificou que 100% dos pacientes portadores de SZC com microcefalia apresentou atraso global do desenvolvimento em todas áreas do desenvolvimento, principalmente na área motora grossa o que permite uma denominação para esses casos, a Encefalopatia Crônica não progressiva, antigamente conhecida como Paralisia Cerebral. Dentre as crianças comprovadamente expostas ao ZIKV e assintomáticas, aplicou-se a escala de neurodesenvolvimento e o teste neuropsicológico: Teste Denver II e SON- R que evidenciaram, respectivamente, o desenvolvimento e a cognição dentro do esperado para a idade, ou seja, 100% das crianças assintomáticas ficaram na faixa indicativa de desenvolvimento típico. Conclusão: Esses resultados acrescentam novos dados clínicos à literatura atual em relação às crianças não-microcefálicas expostas ao ZIKV. Identificou-se que em alguns casos houve atraso em até dois domínios do desenvolvimento infantil a partir do Teste Denver II, caracterizando a importância de manter o seguimento clínico das crianças expostas ao ZIKV a longo prazo. E o diagnóstico precoce já nos primeiros anos de vida é essencial para a conscientização do cuidado a essas crianças expostas ao ZIKV na gestação junto às famílias, junto às instituições de saúde e de reabilitação multidisciplinar a fim de ampliar os ganhos no neurodesenvolvimento. |