Disfunção temporomandibular: correlação entre alinhamento corporal, força voluntária máxima de mordida e uso de contraceptivo oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Souza, Fernanda Nunes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10443
Resumo: A etiologia da Disfunção Temporomandibular (DTM) é tão variada quanto seus sintomas, considerando que vários fatores podem modificar a dinâmica dos componentes do sistema mastigatório. O objetivo do presente trabalho é avaliar a correlação entre alinhamento corporal (AC), uso de contraceptivo oral (CO) e força voluntária máxima de mordida (FVMM) através da análise eletromiográfica (EMG) dos músculos masseter (M) e temporal anterior (TA) em mulheres sintomáticas ou não de disfunção temporomandibular (protocolo nº 035/09). Quarenta universitárias da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense com o ciclo menstrual regular responderam ao questionário RDC-TMD, após fotografia frontal, sagital perfil direito (D) e esquerdo (E) e posterior em Software para Avaliação Postural (SAPO-USP) foram divididas em grupos: GI com DTM e com uso de Contraceptivo Oral (CO), GII sem DTM e com o uso de CO, GIII com DTM e sem o uso de CO e GIV sem DTM e sem o uso de CO. Foi feita uma avaliação EMG bilateral nos músculos M e TA, avaliando o repouso (REP), a FVMM com parafilm (PAR) e com o dinamômetro (DIN). O estudo foi duplo cego. Foi calculado o valor RMS de cada músculo com cortes simétricos. Os dados foram tabulados e submetidos à análise estatística (Teste de Kruskal-Wallis) para avaliar existência de diferença estatisticamente significativa entre os grupos e não houve diferença significante para os valores RMS da EMG dos músculos avaliados; entretanto o GII apresentou média maior que os demais, seguido no repouso pelo GI. Nos grupos com o uso de CO, as não portadoras de DTM apresentaram maiores valores RMS e FVMM que as sintomáticas de DTM. Já nos grupos sem o uso de CO as portadoras de DTM apresentaram os maiores valores. Quando comparados os valores RMS pareados para cada músculo D e E, o G I apresentou diferença significativa entre os valores DIN do músculo TAD e TAE; o GII diferença significativa entre os valores do repouso do MD e ME e para o DIN nos músculos MD e ME e TAD e TAE, o G III diferença significativa entre os valores do repouso MD e ME; o G IV diferença significativa entre os valores do REP MD e ME; TAD e TAE (p<0,05). Em relação à análise postural, foram usados os Testes de Kruskal-Wallis e o Mann-Withney para verificar dois a dois os grupos que diferem entre si, concluindo que o Grupo III apresenta angulação entre Acrômio (ACR) e Espinha Ilíaca Antero Superiores (EIAS) significativamente menor do que os grupos com DTM (independente do uso de CO). Não havendo outras duplas de grupos com diferença estatisticamente significativa e para cada um das demais variáveis posturais (VP) entre os grupos (p>0,05). Avaliou-se a correlação entre EMG, VP e FVMM em todos os grupos nos níveis  = 000,05(bilateral) e  = 000,01 (bilateral): Coeficiente de correlação de Spearman (versão não paramétrica do coeficiente de Pearson). Portanto foram observadas diferenças entre as alterações posturais em mulheres sintomáticas e as não sintomáticas de DTM. Os resultados sugerem influência do uso do contraceptivo oral na atividade eletromiográfica dos músculos avaliados e foi constatada a ocorrência de correlações fortes e moderadas entre postura da cabeça, atividade elétrica dos músculos avaliados e DTM