Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bibian, Simone |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/27242
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Resumo: |
Esta pesquisa se propôs a identificar e discutir o lugar que os saberes e as narrativas de docentes das infâncias ocupam e/ou poderiam ocupar nas ações educativas dos museus de arte. Buscando uma nova forma de aproximação entre museu e escola, e privilegiando a abertura de espaços de diálogo, onde as múltiplas dimensões formativas (saberes acadêmicos, práticas, experiências, sonhos, memórias) pudessem ser acolhidas, a metodologia proposta foi sustentada na ideia de conversar com professoras de educação infantil. Inspirada em Walter Benjamin (1987), nos pressupostos teórico-metodológicos das abordagens (auto)biográficas e das histórias de vida e formação (JOSSO, 1999; BRAGANÇA, 2008 e 2012; DELORY-MOMBERGER, 2016; PASSEGGI, 2011), a pesquisa contou com a colaboração de nove professoras de Educação Infantil da Rede Pública de Niterói e compreendeu duas etapas: encontros individuais (online), para conversar sobre os temas que circulam na pesquisa proposta – percursos que as levaram à docência, seus contatos com a cultura, a arte na escola, museu e arte brasileira do século XIX; ateliê (online), configurado como um projeto de formação, formulado a partir das narrativas dos encontros. O projeto de formação, chamado “Olhares Múltiplos – ateliê artístico e poético”, desenvolvido como segunda etapa da pesquisa, utilizou como dispositivos o podcast e o grupo de discussão via Facebook, tendo como fio condutor as obras de arte brasileiras do século XIX que, nos encontros online realizados, foram mais citadas pelas professoras. Dos achados, a tese discute como a formação estética proposta se entrelaçou com narrativas autobiográficas, trazendo novas possibilidades de diálogo com docentes da infância; as reverberações do contato das professoras com a arte e a potencialidade do uso das novas tecnologias, no caso o podcast e o Facebook, como dispositivos que podem sustentar propostas de formação que articulam educação e arte. Práticas e concepções que aparecem nas narrativas das professoras, sobre arte na escola, também foram matéria de discussão e análise. Por fim, buscando responder à pergunta fundante da pesquisa - O que pode o museu aprender com docentes da educação infantil sobre acolher crianças em seus espaços? - uma lista com as “Dez lições que as professoras ensinam aos museus” foi elaborada. Ao propor a formação estética de professores e professoras das infâncias e as possibilidades de contribuição do museu e das novas mídias para a ampliação de seus repertórios artístico-culturais, espera-se que esta pesquisa amplie a discussão sobre as possibilidades de entrelaçamento de saberes, levando em conta, também, as dificuldades impostas pela pandemia. |